quinta-feira, dezembro 22, 2005

Bruyneel ao site da Marca


Johan Bruyneel, director-desportivo da Discovery Channel, ao site da Marca: «Armstrong tinha outro Tour nas pernas, quiçá, dois». Além de outras passagens interessantes, como «Depois de ver os videos do último Tour é que ele (Armstrong) reparou na diferença para os demais e como esta era maior do que pensava» (...) «Aprende-se muito a ver os videos, os nossos e os dos adversários. Não sei se consigo ser objectivo, mas havia uma grande diferença entre ele e os outros».
Mais relevante ainda: Que herança deixa Armstrong? «A forma de preparar um objectivo. A sua forma de trabalhar foi metódica e única, quase matemática: se fizeres isto, isto e isto, o resultado é este. Com as suas condições, claro está. O ciclismo sempre se baseou nas tradições, nas histórias dos ex-profissionais, que sempre disseram que para se preparar um objectivo devia fazer-se sempre da mesma maneira. Armstrong rompeu com tudo isso, libertou o ciclismo das suas tradições, fez provas em túnel de vento, inovou no material... e isso aborreceu os que não querem que o ciclismo saia desse mundo. Agora, depois do seu domínio, esses mesmos pensaram que o Tour já não era mais a sua corrida, mas a de Armstrong, porque ele fazia o queria nela. E ainda por cima era americano».

1 comentário:

Anónimo disse...

È uma opinião como outra qualquer!!
Em meu entender e como razoável conhecedor de ciclismo e da sua história, desde o seu aparecimento como desporto de competição na segunda metade do século XIX, creio que quem partilha desta opinião certamente não conheceu Jacques Anquetil, quem foi e o que significou para o ciclismo!
Não terá sido por acaso que lhe deram o cognome de “Maître Jacques”.

Johan Museeuw