terça-feira, abril 25, 2006

Fátima: a mística existe!

Sem autorização para sair do pelotão – foi sob esta directiva que decorreram mais de 120 km/h, entre Loures e Batalha, da Super-Clássica de Fátima, no último domingo, uma prova com grande tradição, que continua a acentuar a sua mística, devido, acima de tudo, ao fantástico percurso, com final apoteótico. Mas fossem estradas planas, topos ou colinas, a ninguém foi dado mais do que poucos metros de vantagem antes de chegar a subida final para Fátima. Tal como na Clássica de Évora, o grupo assimilou muitíssimo bem que este tipo de voltas requerem uma abordagem «diferente» das tradicionais domingueiras, que o nível de exigência é maior, pois (quase) toda a gente pretende ter desempenho positivo ou quiçá superar-se, para isso treinando com mais rigor, como foi o caso.
Pois bem, esse empenho reflectiu-se no ritmo, que foi vivo desde o início, rapidamente fixando a média acima dos 31 km/h – no final, foi essa a minha. Até à subida do Alto da Serra, as médias parciais nunca baixaram dos 30 km/h, superando, como foi o caso de Alverca-Vila Franca, os 35 km/h. E com a maioria dos elementos do pelotão a dar o seu contributo, embora, compreensivelmente, uns mais que outros.
Nas primeiras dezenas de quilómetros toda a gente parecia estar de sobreaviso, procurando evitar distracções que pudessem causar cortes. Talvez, por isso, a passagem pelo empedrado de Vila Franca (local em que habitualmente sucedem fracções importantes) tenha sido das mais «rijas e compactas» dos últimos tempos. Depois, mesmo sem uma organização férrea no comando do grupo, este foi sempre em bom andamento, nem que fosse só para tirar ideias a quem as tivesse de uma eventual fuga. De resto, os roladores bem o tentaram, principalmente no último terço da prova, no planalto de 35 km que se segue ao Alto da Serra e a descida para a Batalha. A primeira dificuldade da tirada foi, como sempre, o Alto da Serra (2 km a 4,2%). Primeira oportunidade para se começar a abalar a sólida coluna que se vinha mantendo, e também para acentuar desgastes. Para mim, chegara a hora de passar ao trabalho…
Objectivo nº1: meter as pulsações dos mais fortes no «amarelo-alaranjado», sem provocar efeitos catastróficos aos restantes. Penso que bem conseguido. Nota adicional: fiquei surpreendido com a resposta deveras positiva do pelotão, que não cedeu um milímetro, não havendo lugar a poupança de esforços, com a consciência que ficar para trás, com as «trutas» à frente seria sinónimo de um resto de prova penoso. Nesta altura, apenas o Abel se ressentiu, abrigando a que após a subida se refreasse o andamento.
Depois, a longa ligação, praticamente plana, até à Batalha foi tranquila, embora se tenha mantido a máxima de ninguém ter ordem para sair do pelotão. Nem mesmo quando, por vezes, se registaram alguns cortes ligeiros enquanto se esperava pelo Abel e depois pelo Steven, ambos em dificuldades. Nestas ocasiões, mesmo com os roladores a puxarem da artilharia pesada, a «caça» foi profícua e rapidamente se fecharam os espaços. Viu-se o Fantasma (que até aí se mostrara bastante reservado, em nítido resguardo), o Daniel e o Casaínhos passarem pela frente, mas sempre desencorajados pela reacção eficaz do grosso do grupo.
Chegava então a hora da verdade. A ligação entre a Batalha e Fátima. A minha decisão de impor um ritmo forte desde o início da primeira subida estava tomada há muito tempo, principalmente depois de, à excepção do Alto da Serra, não se terem registado situações que tivessem acentuado o desgaste nas principais figuras – por exemplo, ter de perseguir para anular fugas. E segundo: porque tinha ponderado sobre os efeitos pessoais e colaterais, depois de fazer as contas às forças, distâncias e tipo de terreno, expondo-me a contra-ofensivas das principais figuras, nunca subestimando a capacidade.
Por isso, não deixei sequer começar a subida para passar para a frente, e quando a estrada empinou encontrei rapidamente o andamento que mais me convinha. Nesta altura, o pulsómetro deixou de interessar. Após, as primeiras centenas de metros, certifiquei-me de quem me seguia: Freitas e Miguel (naturalmente) e surpresa (!!!) o Vítor Correia. Espantoso! Mais ninguém. E que seria feito do Carlos? A segunda vez que olhei para trás, pouco tempo depois, só restavam os dois co-equipiers. A cerca de 300 metros do alto, forcei um pouco e a respiração do Freitas tornou-se mais ofegante. Deixa cá, experimentá-lo! Dois carretos abaixo, mudança brusca de velocidade e inesperadamente quem pagou a factura foi o Miguel. Nos primeiros metros da descida olhei variadíssimas vezes para trás para ver se era mesmo verdade. Confirmado. Nestes 2,4 km de subida (4,8%) fiz uma média 177 pulsações (22,4 km/h).
A descida (que não é só…) não foi menos intensa (40 km/h e 164 ppm). Tinha de ser assim para manter o Freitas no «vermelho». E quando chegou a primeira rampa da segunda subida, esta mais acentuada (6,5% em 2,3 km), aumentei ligeiramente o andamento e logo após 300/400 metros, depois da passagem pelas casas, o Durão cedeu, abrindo-se rapidamente um fosso entre nós, que, no alto, segundo informações da ardósia do pai do Miguel, já seria de cerca de 1,30 m. Significativo. Nestes 2,3 km fiz uma média de 183 ppm e 17,8 km/h. E nos últimos 8 km (32 km/h) até Fátima esgotei todas as forças que me restavam, mesmo tendo quase a certeza que a vantagem angariada na subida dificilmente a perderia – aliás, ainda ganhei quase 1 minuto.

Destaque ainda para a prestação do Carlos, terceiro, ultrapassando o Miguel, que estava em perda, e para um grupo coeso composto pelo Pina (numa subida muito controlada e num final em grande estilo), Daniel (enormes progressos, inclusive a subir, pois só assim se compreende chegar, por exemplo, com o Zé-Tó (no seu estilo metódico e cerebral, de trás para a frente, controlando sempre o coração e as sensações musculares).
O Casaínhos, que muito trabalho durante toda a volta, pagou o esforço (embora, como reconheceu no final, tenha ficado aquém das suas expectativas), e o Fantasma deu um estoiro monumental ainda no início da primeira subida, a contas com caimbras – provavelmente devido a um início de desidratação pelo excesso de roupa quente que trazia vestido.

Nota final de solidariedade, primeiro para o L-Glutamina (Steven), cuja debilidade física devido a gripe prolongada não lhe permitiu resistir ao esforço, parando perto da Benedita; e segundo para o esforço dos mais veteranos: o Abel, que mais uma vez cumpriu com muita coragem, o todo o percurso; e também o Vítor, um fenómeno da natureza pela força que ainda revela, embora manchando o seu desempenho ao utilizar «ajudas» não regulamentares para terminar a prova. Pagou a factura pela loucura de querer estar à frente no início da primeira subida, onde nem sequer estava gente muito mais jovem e bem preparada, como, por exemplo, o Carlos.
Por falar nele, recordo as previsões do Homem do Talho, que surpreendentemente (para mim) acertou quando disse que um «nacional» se intrometeria entre os «internacionais»: o Carlos. E se fosse mais ambicioso, previsivelmente o atraso de 5 minutos no final seria bem menor. Já tive oportunidade de lhe dizer: porque não experimentar agora um patamar acima? Sem necessariamente seguir com os da frente, mas também não ficar tão… atrás. É possível manter a distâncias para os mais fortes, gerindo convenientemente o esforço, e depois colher eventuais dividendos de alguém que «quebre». De facto, isso aconteceu agora com o Miguel, mas, neste caso, foi uma excepção. Outras oportunidades não irão faltar…

19 comentários:

Anónimo disse...

Brilhante a jornada do passado Domingo!
Nunca tinha feito esta Clássica e acho que é 1 das melhores que já fiz. As leis da distância associadas às características da parte final fazem desta Clássica 1 das melhores. A repetir!
Continuo a achar muito interessante as dicas do Ricardo em relação às suas performances porque serve de comparação/avaliação das prestações de cada um!

1ab e boas pedaladas,
ZT

Ricardo Costa disse...

A voltinha que provavelmente muita gente pensava ser (ou querer) «higiénica», de recuperação da longa e dura tirada a Fátima, acabou por ser marcada por muito bom andamento e as picardias e sprints do costume – enfim, o habitual quando se vai à Ota. Mas na minha opinião, foi divertidíssima e (ainda na perspectiva pessoal) e bastante produtiva. Para quem não esteve lá, basta dizer que a velocidade média (minha) não deixa dúvidas: 31 km/h – mas devemos considerar que fiz 27 km/h de Alverca a Loures para ir ao encontro do grupo e todas as «reduções» e «esperas» pelos retardatários, incluindo uma paragem efectiva de cerca de 1 minuto, na Azambuja, enquanto aguardávamos a chegada do Abel. Por alto, pode arriscar-se que, sem aquecimento e demoras, e mesmo com momentos de relaxe, aliás perfeitamente recomendáveis, a «coisa fazia-se» a cerca de 33 km/h. Estou, sinceramente, a gostar cada vez mais das voltinhas planas ou quase planas, pois toda a gente se mostra muito mais aguerrida…
Há a saudar o regresso do Nuno Garcia e a disponibilidade física de todos (mas mesmo todos) os elementos que alinharam. Isto apesar do L-Glutamina ainda não ter recuperado completamente da enfermidade e o Daniel ter sido provavelmente o que mais se ressentiu do esforço de domingo. Tal como para Fátima, ninguém teve permissão de se aventurar em fugas. Em grande voltou a estar o Fantasma depois dos «calores» que passou em Fátima; o Pina, que embora sempre mais discreto, provou uma vez mais que está em grande forma; e também o ZT, que fez, ao seu estilo, de trás para a frente, uma boa subida do Vale do Brejo.
Especialmente para ele, que é um atleta metódico e interessado pela telemetria, posso dizer que a velocidade média na subida (2,1 km) foi de apreciáveis 28 km/h – reflectindo o facto de o andamento ter sido alto mas muito linear, sem repelões, até à aceleração final. A prova disso foi a minha pulsação média: 175 bpm, com «pico» às 192. Ou seja, cerca de 10/15 pulsações abaixo do que poderia atingir durante aquela distância, mas depois o disparo para o sprint, em que o Durão não deu (nem dá) a mínima hipótese à concorrência – ali, como em qualquer outro local.

A acrescentar a isso, ainda sobre mim, posso dizer que fiz uma recuperação muito positiva do esforço de Fátima, mas hoje, mesmo com uma volta de recuperação activa (abaixo das 125 bpm), tenho os músculos muito doridos. Ao ponto que estou com muitas dúvidas que recupere o suficiente para amanhã, de manhã, cumprir a sessão de treino em subida que tenho prevista.

Finalmente, refiro-me ao comentário do Miguel (ao qual desejo, bem como o Nuno Garcia e o Casaínhos, um fim-de-semana fantástico na Serra da Estrela. Quem me dera!…), que me fez pensar, nomeadamente sobre a explicação sobre o que está por trás do «atraso» da sua forma actual, devido à paragem por lesão. A teoria é perfeitamente plausível, mas não me deixa de surpreender. Ou seja, de facto, nestas coisas do desporto de alta competição (ehe!) não há segredos, muito menos milagres. As consequências do período de inactividade são reais e não há outra alternativa do que lidar com elas. Tu és um desportista experiente e saberás como ultrapassar as actuais limitações. É possível, sim senhor, que estejas ainda ao nível de Janeiro (talvez um pouco acima), mas não deixa de ser uma realidade impressionante. Estou em crer que, a qualquer momento, a tua forma irá subir com muita rapidez – mas é crível que o atraso (sem um trabalho específico de recuperação ao nível do que se faz entre profissionais) seja sempre um handicap perante outros indivíduos com o mesmo nível de treino, mas que não pararam desde o início da temporada, como eu ou o Freitas. Mesmo assim não é um dado adquirido. É verdade que os grandes objectivos estão a aproximar-se rapidamente, mas quem sabe que a paragem não trará benefícios, talvez… na Etapa do Tour.

Anónimo disse...

Olá pessoal, falando ainda da (voltinha) a Fátima, penso que da minha parte me correu de feição dando o que tinha e que não tinha, tentei esfriar o meu ímpeto habitual de por ferro logo de inicio resguardando-me no na cauda do grupo (apesar de ter feito umas brincadeiras ao longo do percurso).
Tendo chegado a Fátima a respirar bem.
Queria deixar aqui os parabéns a todo o grupo que andou quase sempre junto e que mesmo depois de subir ate Fátima não ouve grandes diferenças entre os primeiros e os últimos.
Mudando agora de (voltinha), a da Ota, que supostamente era para ser de limpeza de pernas, só me deixo foi de pernas ainda mais doridas.
Na realidade e não querendo fazer disto desculpa para a minha discreta prestação, mas penso o que me estragou os músculos foi no dia anterior ter feito pela manha um corta mato de 2 horas no Estádio Nacional.
Bom vou esperar pelo próximo domingo se estes "treinos intensivos" vão dar frutos,
Um abraço

Agostinho Daniel

Anónimo disse...

Olá pessoal, falando ainda da (voltinha) a Fátima, penso que da minha parte me correu de feição dando o que tinha e que não tinha, tentei esfriar o meu ímpeto habitual de por ferro logo de início resguardando-me na cauda do grupo (apesar de ter feito umas brincadeiras ao longo do percurso).
Tendo chegado a Fátima a respirar bem.
Queria deixar aqui os parabéns a todo o grupo que andou quase sempre junto e que mesmo depois de subir ate Fátima não ouve grandes diferenças entre os primeiros e os últimos.
Mudando agora de (voltinha), a da Ota, que supostamente era para ser de limpeza de pernas, só me deixo foi de pernas ainda mais doridas.
Na realidade e não querendo fazer disto desculpa para a minha discreta prestação, mas penso que, o que me estragou os músculos foi no dia anterior ter feito pela manha um corta mato de 2 horas no Estádio Nacional.
Bom vou esperar pelo próximo domingo se estes "treinos intensivos" vão dar frutos,
Um abraço

Agostinho Daniel

Anónimo disse...

Pois é Ricardo, eu estava + que alerta que a "voltinha" não seria de descompressão nem tão pouco de recuperação!!! (contrariamente ao que deveria ser...).
E foi assim que se arrancou num ritmo forte e em constantes tentivas de fuga, de causar cortes no grupo, em andamentos inclusivé mais fortes que para Fátima! Ora se os atletas estavam com as sensações de cansaço produzidas na ída a Fátima parece que isto não faz muito sentido...excepto se a Clássica de Fátima gerou "situações a rever"...penso que foi isso que se passou, ou seja, quem andou bem quer provar que está bem e quem andou menos bem quer chegar-se à frente. Assim, a volta só podia ser como foi!
E agora algo que ainda não se falou...a tua "atitude" desde os 1os Km. Não estava à espera que fosses tu a comandar quase sempre, a não deixar cair o ritmo (nunca!), com toda a disponibilidade de passar pela frente em qualquer parte do terreno, etc..., isso foi 1 surpresa para mim (ainda ontem comentei o facto no Pina!)
Se puderes, tenho curiosidade em saber: porquê?
Também podes continuar com as informações "técnicas" porque de facto acho mesmo muito interessantes!
Aquele "look" que dei para o teu Polar no alto do "Brejo" foi essa curiosiadde a funcionar...
Mas o melhor estava reservado para o fim...35' de corrida imediatamente após chegar de bike! Muito boas sensações.
Boa viagem para os "Bravos" até à Serra, 1ab e boas pedaladas,

ZT

Anónimo disse...

Depois de ler o que escreve neste blog da-me a sensação que isto é uma competição e não um puro divertimento....
Por essas situações é outras identicas é que muitos já abandonaram o grupo
Pensem nisso.....

Ricardo Costa disse...

Caro ZT, é pertinente e até acutilante a tua opinião sobre as incidências da volta da última terça-feira, à Ota. Respeitando esse ponto de vista na íntegra mas discordando em grande parte, respondo a seguir às questões que levantaste sobre o cariz da jornada e, principalmente, sobre os pontos em que focaste o meu comportamento.
É curiosa, mas estritamente pessoal (tua), a opinião de que a Clássica de Fátima «gerou situações a rever», e que «quem andou bem quer provar que está bem e quem andou menos bem quer chegar-se à frente». Não posso falar pelos restantes, mas ainda assim não me apercebi de nenhuma situação que pudesse ir ao encontro desse ponto de vista. Quem andou realmente bem em Fátima que quer continuar a provar que está bem? Eu? Neste caso, posso assegurar, com toda a frontalidade (pois nada tenho a provar), que não pretendi provar qualquer «estado de graça», apenas acordei bem na passada terça-feira, totalmente recuperado (é verdade!) do esforço de domingo, e disponível (como tu bem referiste) para trabalhar à frente do grupo, metendo o passo, mas, penso que, sem forçar nos primeiros quilómetros – e depois «esticando» a espaços, em situações que não causaram «estragos» no pelotão. A provar está o facto de o Abel, teoricamente o elemento mais «frágil» daquele pelotão, ter atacado na Ota!!!!! Mais: essa disponibilidade (cuja «dimensão» reconheço ter sido pouco habitual) também serviu para outras coisas, mais altruístas, do que não deixar «cair o andamento» ou mesmo espicaçá-lo – como reconheço tê-lo feito, mas apenas uma só vez: à entrada da Azambuja. Por exemplo, serviu também para prestar auxílio aos retardatários, caso do Samuel (depois do empedrado de Vila Franca), do Abel (com a parceria do Freitas), o Steven (depois do Brejo) e o Daniel (em Castanheira). Mas, para ser mais exacto, afirmo que muita dessa «disponibilidade» se deve à minha subida de forma com o decorrer da temporada e a proximidade das provas internacionais.
Quem andou mal em Fátima que se quis redimir? O Fantasma? Pelo que me apercebi, não o vi, em alguma situação, quer mostrar serviço que destoasse das suas habituais exibições em terreno plano. A única vez que saiu do pelotão foi para responder a uma aceleração do Nuno Garcia, na Ota, que, de resto, não fez a tirada do último domingo e não pareceu quer mostrar a alguém o seu estado de forma. Quem mais?
De qualquer modo, apesar de não ter sido uma voltinha higiénica, de recuperação, foi deveras divertida e com a adrenalina das altas velocidades. E quem queria mais recuperar do esforço de Fátima? Os «internacionais» (Freitas incluído) ou os restantes, referindo-me aos «nacionais»? Quem é que precisa mais que ter recuperações eficazes, para melhor assimilar cargas que são cada vez mais intensas e frequentes? Digo mais: se eu fosse aos restantes, nestas voltas a rolar, em que as diferenças são escassas, eu gostava era de andar sempre no «pico», a divertir-me a valer. Para recuperar têm-se até… domingo –descansando ou em treinos leves. E no domingo, voltar a fazer de conta que somos um pelotão competitivo! Ou não seremos?!
A este propósito, o comentário anónimo vale o que vale: para mim, ZERO! Que corridas? Divertimento, isso sim! A esta altura do «campeonato», quem é que ainda não conhece o nível deste grupo? Quem vai ao engano? Só anda lá quem pode! E quem pode realmente gosta muito de lá andar e está lá todos os domingos! Quem saiu foi por que não pode… andar ou não tem coragem de «assumir» que não consegue! Não porque tem alguma coisa contra… a competitividade! Eu disputo todos os sprints com o Freitas e perco-os todos. Mas não deixarei nunca de os disputar! Coloquem os olhos no Abel ou no Vítor Correia, que nunca vi desistirem das tão criticáveis «corridas». Alguma dúvida! A quem gosta de passear de bicicleta de estrada, sugiro vivamente que se junte aos passeios de cicloturismo da federação. Mas deixem-se de terrorismo barato e, pior que isso, sem rosto! E já agora? Quem esse senhor da Al Qaeda poderia esclarecer sobre quem é abandonou o grupo por não gostar de lá andar?

P.S. ZT, sempre com muito prazer divulgarei, a quem se interesse, os registos do meu Polar (neste blog e/ou in loco nas voltas). Um abraço.

Anónimo disse...

Oi Ricardo, obg pela resposta.
Penso que tudo se resume a quando dizes: "Mas, para ser mais exacto, afirmo que muita dessa «disponibilidade» se deve à minha subida de forma com o decorrer da temporada e a proximidade das provas internacionais."
Se essa é a resposta, tudo Nice. Já percebi o ponto de vista! Não batas + no ceguinho, OK? Ahahah!!!
No entanto devo dizer que visto cá de trás não passaste apenas pela frente na Azambuja mas sim em 80% do percurso e sp sem deixar cair o passo! Isto não me contaram, foi o que sentiram as minhas pernas/coração! Tb não tem nada de mal, é 1 facto, apenas para quem não treina tanto e consequentemente tb não recupera tão rápido (como eu sou exemplo), fazer à 3ª 1 volta + rápida do que no Domingo parecia não ser a melhor ideia...tb sei q se não quisesse ir tinha ficado em casa...blá, blá, blá...mas como gostamos é de dureza...ahahah!
Ricardo, não foi para te picar mas sim para tentar perceber pq é que se andou + rápido num dia em que "teoricamente" andar + devagar traria + lucro do q andar rápido...
Se a forma do Grupo o permite, tudo bem, fui eu que não percebi isso e se calhar estou enganado..."mea culpa"!

Acho que nem é preciso falar no jeito que me dá e aos outros qd vais atrás buscar alguém, ajudas nas recolagens de grupos, etc...isso não está em causa pelo que não é preciso justificares.

Também não entendo pq é que alguém escreve só para dizer mal e depois não se identifica!
Ainda não vi ninguém "abandonar o barco", aliás, antes pelo contrário, o Grupo cada vez tem + adeptos/participantes.

1ab e boas pedaladas,
ZT

Ricardo Costa disse...

ZT, sempre «cool»... «no pasa nada»!

Sinceramente, tudo o que puder fazer para ajudar ou contribuir para que as pessoas do grupo atinjam os seus objectivos (sejam quais forem, em cada volta ou para qualquer um especificamente), farei. E nunca por vaidade ou sobranceria. Muito menos, pensando egoisticamente apenas em mim e nos meus objectivos pessoais.
E se hoje sou um desportista mais completo, devo-o, em grande parte, à minha experiência no seio do grupo.
Digo isto por mim e também em nome dos elementos, digamos, mais fortes do nosso grupo. Penso que, ao fazê-lo, não estou a tomar excessiva liberdade.

Um abraço

Anónimo disse...

Sem dúvida que andar em Grupo é benéfico para todos e todos temos a lucrar com isso, o resto são...conversas, ahahha!

Partilho 1 informação engraçada: 1 colega minha foi este fds q passou passear para "Os Picos da Europa"!
Passou nos famosos "Lagos de Covadonga". Por saber que ando de bike comentou que ficou impressionada com as inclinações...
Espero que dia 20 n se deixem impressionar, OK, ahahah!

A volta de Domingo é bem rija. Ainda n decidi se a vou fazer e só tomo a decisão Sábado à noite pq nesse dia, às 16:30', vou fazer o Duatlo do Cadaval e como é curto, logo, rápido e completamente anaeróbio, n devo estar em mt bom estado na manhã seguinte e talvez tenha q esperar pelo feriado p voltar a treinar!

E como é q vão os treinos???

Anónimo disse...

...
E como é q vão os treinos???

ZT

Ricardo Costa disse...

Uma grande saudação para ti, João. Na verdade, tu que gostas de ciclismo e «de lhe dar com força» só poderias ficar agradado com a volta de terça-feira. Espero que tenhas participações meritórias nas provas de duatlo e já agora podes dizer ao «velho» Nando que o aguardamos com ansiedade. É que, não me canso de dizê-lo, sem desprimor para todos os fantásticos desportivas que compõem o nosso grupo, ele continua a ser a minha maior referência. Quando está no seu melhor... é a ele que faço continência.
E parabéns antecipados pelo aniversário do teu casamento. Nos dias que correm, fazer 18 anos é para todos, principalmente considerando que as nossas mulheres que nos têm de partilhar com uma amante... chamada bicicleta.
Segunda-feira, em princípio, também estarei na estrada, provavelmente para mais um treino de recuperação como o da... Ota!

Grande abraço

P.S. João, foste tu que escreveste o comentário sobre os Lagos de Covadonga? É que a tal «amiga» não estava a exagerar. Até já fiz esse reparo ao Freitas, que é o único que irá lá estar no dia 20 e ainda não conhece aquela montanha do Demo!

Anónimo disse...

Bom dia,
Fui eu q fiz o comentário da colega q foi aos Lagos só q depois esqueci-me de colocar o nome!
João, bem vindo a estas paragens. É 1 chatice n ires ao Duatlo mas fica para a próxima.
Tens corrido?
Ricardo,a volta de DOmingo vai por Loures/Bucelas/Venda/Malveira/etc..., certo? Se vos quiser interceptar na Malveira, a que horas vão lá passar (+/-)???

1ab,
ZT

Ricardo Costa disse...

Devemos passar na Malveira, em direcção ao Livramento (estrada de Torres) por volta das 9h45/10h00, nunca antes...

Anónimo disse...

Terroristas??!!...
É comigo??
Nãããã…
Não me parece.
Só os "lamacentos" me tratam assim!

Venho aqui avisar as criaturas fantasmagóricas e outras que tais, que amanhã se realiza a Clássica do Socorro de pneu cardado. Às 8:30 no Nanni.
Já tenho os “pregos” no bolso. Agora … venham de lá essas “paredes” e as ditas criaturas…

A vossa Clássica de Montejunto de 140 Kms vai por Vialonga-Vila Franca-Alenquer? Qual a média quilométrica que se supõe e quais as dificuldades que se apresentam além da ascensão ao topo por Abrigada?

Anónimo disse...

Ricardo, obg pela dica. Se tiver "cabedal" p ir lá estarei na rotunda da Malveira (venho da Ericeira).
Pintainho, nada melhor p tirar as dúvidas de Montejunto do que..."Aparecer"..ahahah! Serás mt bem vindo e acho q te ías divertir imenso já q adoras subir!

1ab e boas pedaladas,
ZT

Anónimo disse...

Olas a todos, é com muita pena minha mas, este fim de semana não vou poder andar com este maravilhoso grupo de elite, porque vou ate as praias do Algarve.
Vou ver se aproveito para por a cor da minha pele numa cor uniforme.
Abraços e ate ao proximo fim de semana.

Agostinho Daniel

Ricardo Costa disse...

Pintaínho, nenhuma das Clássicas de Montejunto que estão calendarizadas têm mais de 100 km -e terminam no alto. A primeira (que em princípio seria no próximo fim-de-semana, mas que deverá ser alterada para o seguinte, dia 14... a «pedido de várias famílias») sobe por Pragança e vai direito ao Sobral/Alenquer/Merceana/Vila Verde dos Francos/Vilar...
E a segunda, a 27 Agosto, será então pela Abrigada, com percurso também pelo Sobral, mas depois por Arruda/Alhandra/Alenquer...
De qualquer maneira, já que falas numa suposta «super» de 140 km (provavelmente devido a sugestões que aqui se fizeram outrora), fica desde já marcado (em jeito de convite - ou seja, se ninguém alinhar, lá vou eu... «a solo»), para o dia 4 de Junho, uma que juntaria as duas Clássicas (120 km, também a terminar no alto), com ascensão dupla, primeiro pela Abrigada e depois por Pragança. Endereço desde já, a ti, o primeiro convite.

Anónimo disse...

olá amigos, dependendo de como correr a deslocação aos lagos também podem contar comigo para a dita clássica.
agora amizades avancemos para outro capitulo,entrarei na terça-feira de férias por isso considerem-se convidados para me fazerem companhia nas próximas tres semanas (quem tiver disponibilidade eidentemente).
qual foi a razão pela qual a clássica de montejunto foi adiada para outras núpcias?
queria saber também se o percurso mantém a passagem prevista pelo"muur" de montelavar e qual será a volta agendada para o feriado(esperemos que seja de descompressão ahahah).
amigo ricardo, agora já definitivamente de olhos postos nos 17% da huesera jogarei com os treinos e não menos importante também com os descansos proporcionados pelas merecidas férias"foram marcadas com a devida antecedencia para esta altura critica da época".
amanha lá estaremos na bp, com a companhia (tão aguardada) do nando.
abraço a todos
DURÃO