No rescaldo da semana mais inflamada dos últimos tempos neste blog, a volta do passado domingo, para a Ericeira, foi mais nervosa que o habitual das saídas domingueiras do grupo Pina Bike. Não que se tivesse suspeitado da presença (devidamente identificada...) do instigador da polémica que aqui se instalou, mas porque algumas incidências deste início de temporada têm contribuído para acicatar a competitividade entre alguns elementos, quase sempre com epicentro na indomável irreverência do puto André.
Desde os primeiros quilómetros foi acesa a disputa – mais verbal que outra coisa... - com o Freitas. Quezílias saudáveis, embora por vezes desproporcionadas, mas já é grande a chispa que promete incendiar a contenda em próximas voltas.
Por outro lado, deu-se a coincidência de se terem juntado, durante a tirada, vários «federados», como o Paulo Pais, João Aldeano e o Marco Almeida (estes na Malveira), sem esquecer o Jony (este desde o início). Com esta companhia não se poderia esperar... calmaria, mesmo que esta tivesse perdurado - o andamento certo, pelo menos... - até já depois de Mafra.
Então começaram as hostilidades, com várias acelerações no falso plano descendente para a Ericeira. Primeiro o Paulo Pais, depois o Marco, em seguida o Aldeano, com os restantes a responderem à altura, nunca havendo distâncias entre pequenos grupos com mais de 20/30 metros. À chegada à Ericeira, o pelotão estava de novo compacto.
A subida da Foz do Lizandro para o Pobral traria, certamente, novas movimentações. Confirmadas! Começou por ser bem lançada ainda na rápida descida do Lizandro. O Aldeano esticou o grupo, mas fez a abordagem à subida em ritmo moderado, pautando-o em parceria com o Marco. Bom andamento nas primeiras centenas de metros, contudo insuficiente para desencorajar eventuais iniciativas e permitindo que à passagem pelo cruzamento da Carvoeira/Sra. do Ó, o Ruben saísse progressivamente do grupo, levando o André na sua roda. Os dois jovens pesos-pluma ganharam rapidamente cerca de 100 metros beneficiando de não haver alterações de velocidade na perseguição, que continuou a cargo do Aldeano e do Marco.
No cruzamento da Praia de S. Julião, o André atacou e libertou-se do Ruben – num excelente golpe! -, arrancando decididamente. Perante esta manobra, no pelotão o Freitas apercebia-se da demora da reacção e procurou convencer o Aldeano a forçar a perseguição. Então sem êxito. Nesse impasse, decidi «saltar», mesmo sabendo que desencadearia a correria – e sem ter a certeza que teria capacidade para aguentar o ímpeto que imprimi. Não tive! O Ruben, em clara perda, foi rapidamente aglutinado pelo vendaval, mas o André resistiu até ao alto do Pobral à frente, mesmo depois do Aldeano se ter lançado, por fim, ao assalto, passando por mim «directo», com o Freitas na roda. O Jony alcançou-me nos últimos metros da subida, e já foi em desaceleração que se formou um sexteto na frente, depois do Marco também se ter juntado um pouco mais tarde.
O relaxe não demorou... nada. O Marco não se coibiu de passar imediatamente ao trabalho, liderando o grupo, tendo este rodado isolado a bom andamento até Terrugem, durante cerca de 10 km. Aqui, a distância para os restantes era significativa. E então esperou-se...
Até Loures, apenas houve mais uma ou outra aceleração, destacando-se o tradicional sprint em Sta. Eulália, muito bem lançado pelo Aldeano e melhor terminado pelo Freitas; e no topo de Guerreiros, onde fiz o derradeiro forcing para gastar os últimos cartuchos – já com o grupo bastante reduzido.
6 comentários:
É bom ver que os Domingos andam animados :D
Henrique Santos
Boas Ricardo,
Ainda bem que a volta foi animada e com presença numerosa!
Não tens registos parciais de médias?
Abraço
podias colocar aqui a "corrida" da proxima semana?
Boa noite a todos!
Camarada «Cancellara», amanhã apresentarei os registos pormenorizados das médias parciais(horária e pulsações... as minhas!) da volta de domingo.
E também a descrição e o perfil da «corrida» da próxima semana, que antecipo desde já: S. Pedro da Cadeira. Sobe e desce... e Vila Franca do Rosário para o final!
Boas Ricardo
Eu não preciso de médias de pulsações porque cheguei ao cimo do Pobral com 183 de pulso e com as pernas a parecer um vulcão,mas só ai é k perdi o contacto com vocês,
ficando então no meio do comboio e todavia esperando um pouco por o Ruben,Evaristo e Pina(em boa forma)e mais tarde aparecendo o Filipe de Negrais.
Depois do kinteto formado zarpamos na tentativa da recolagem,um pouco tardia é claro!
É então k vos avistamos na terrugem ao fim de alguns kms de bom esforço.
Desculpem-me alguns comparças mas é desta "picardia" k eu gosto.
Abraços e até domingo.
Aqui estão as prometidas médias (atenção: os valores referem-se exclusivamente aos meus registos pessoais:
Mafra-Ericeira (8,5 km a 39 km/h; média de pulsação: 152)
Subida do Pobral (2,9 km a 4,2%, a 24,6 km/h de média; 170 puls. com máxima de... 186, e também a minha máx. em toda a volta, para fazer ver ao Rochinha!)
Pobral-abrandamento do sexteto da frente a 2 km de Terrugem: 7,5 km a 32,6 km/h (165 puls... alta, alta...)
Sprint em Sta. Eulália a 46 km/h de velocidade máxima (181 de puls.)
Topo de Guerreiros (1 km a 3,4%, a 30 km/h; 174 puls.)
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