segunda-feira, março 01, 2010

Clássica de Santarém: a crónica

A edição de 2010 da Clássica de Santarém confirmou as expectativas criadas neste início de temporada de grande motivação e empenho da maioria dos ciclistas, tendo reunido várias dezenas, entre habituais e estreantes. A jornada escalabitana ficou marcada pela intempérie – embora longe das previsões e das tempestades dos dias anteriores – e por diversos furos que causaram impasses e contratempos ao seu normal desenrolar. De qualquer modo, confirmou-se o elevado nível do pelotão que arrancou de Loures, bem demonstrado pela média final superior a 35 km/h (excluindo paragens).
Nos quilómetros finais, naturalmente, lutou-se pela melhor posição e os mais fortes do dia fizeram valer os seus méritos. Após a passagem por Alverca, um grupo com menos de 10 unidades digladiou-se sob chuva intensa pelos lugares cimeiros, mas a homenagem vai, em especial, para todos os bravos que cumpriram os 152 km do trajecto.
As contrariedades iniciaram-se logo... ao km zero! Cabo das mudanças partido na bicicleta do Duarte motivou insólita paragem para reparação na oficina do Pina, em S. Roque. Aqui, o Salvador tem o primeiro de dois furos num espaço de... 1 km. O segundo, no Tojal, obrigou a paragem forçada do pelotão, sob o céu negro ameaçador.
Cerca de 10 minutos depois, retoma-se o andamento, embalado a favor do vento pela variante de Vialonga, e já sob chuva intensa. Às tantas passamos pelos Duros do Pedal e reparo no semblante esmorecido do Tó Monteiro, a não augurar nada de bom... Soube-se ele e alguns dos seus homens não encontraram coragem para enfrentar as condições climatéricas que se punham cada vez mais adversas. Mas não foi decisão unânime no grupo de Algueirão – e ainda bem, pois os resistentes participaram com enorme galhardia e companheirismo na prova, cumprindo a sua totalidade. Pelos relatos que já tive oportunidade de ler, com o agrado dos próprios.
O ritmo animava à chegada ao final da Variante, mas logo se gritou por mais um furo: agora o Steven. Nova paragem prolongada, agora em Alverca, debaixo do viaduto, resguardados da chuva. Resolvido mais este percalço, o comboio pôs-se finalmente em cruzeiro, liderado até Vila Franca apenas por três a quatro elementos – em que me incluía. Os outros, foram o Jony e o estreante Fernando Duarte, que iniciava nesta altura um trabalho assíduo e de grande qualidade na frente do grande grupo. Devido à paragem em Alverca, o pelotão fraccionara-se e no grupo mais recuado procurava-se recuperar – desde logo, com esforço acrescido dos seus elementos. Situação que, infelizmente, é recorrente aquando de incidentes como furos ou outros.
Passou-se o empedrado com redobrada precaução e a ligação Ponte Marechal Carmona-Porto Alto, pela extensa recta do Cabo, foi cumprida a boa pedalada. No entanto, só em Samora Correia o pelotão voltou a ficar reagrupado. Ainda com o trabalho restringido aos mencionados. Entre Alverca e Samora Correia rolou-se à média de 35,3 km/h. Até Benavente continuei a partilhar a dianteira com o Jony e o Fernando Duarte, após o que fomos rendidos pelo até aí resguardado Capela. Quando entrou ao serviço, fê-lo ao seu estilo, mantendo-se à frente por largos períodos a velocidades a rondar os 40 km/h. Mas nunca deixou de contar com ajuda. Em Muge, a média desde Samora subiu para 38,3 km/h. De resto, houve um momento, na ligeira subida para Marinhais, que o Duarte fez uma fugaz mas intensa passagem pela cabeça do grupo, elevando a marcha para perto dos 50 km/h. E pela primeira vez ouviram-se dentes a ranger no pelotão!
Rolava-se a bom ritmo e em pelotão compacto – ainda que com escassa participação no esforço da sua condução – algo que caracterizou a primeira metade da tirada. Nas proximidades de Benfica do Ribatejo começaram, com surpresa, as escaramuças. O jovem Rodrigo (Cartaxo) lançou-as, mas sempre com pronta e eficaz reacção do pelotão. Foram duas ou três, sem aparente objectivo. Parecia, porém, estar a preparar-se a abordagem à subida das Portas do Sol, em Santarém.
Até que, mais uma vez, um furo (desta vez do Renato) criou mais uma neutralização. Após uma ligeira paragem em Almeirim, a maioria dos elementos do pelotão decidiu «passar» a subida sem sobressaltos. E lá se foi a «importância» que poderia ter subida mais exigente no contexto da jornada. Entre Muge e Almeirim (37,5 km/h). Mais uma vez resolvido o percalço técnico, os que permaneceram no local (eu, o Renato e o Jony) metemo-nos ao caminho em direcção a Santarém, reunindo na roda deste último um pequeno grupo composto ainda pelo Capela, Gil, Pina, Nuno Garcia, Vítor Pirilo e Ruben, que entrou em feroz perseguição - que se revelaria desnecessária. Motivo: os restantes aguardavam à saída de Santarém – já depois da subida! Não foi tanto pelo ritmo acima de 40 km/h que o Jony impôs desde Almeirim, mas principalmente porque ele atacou a subida com grande intensidade, realizando um trabalho fantástico no primeiro quilómetro da ascensão, abrindo depois para os «resistentes»: Renato, eu, Capela e Gil, que seguimos ao passo elevado do primeiro até ao alto. Foi um momento alto, de grande nível, mas que terá sido despropositado e cujas consequências não são escamoteáveis no rendimento posterior dos referidos cinco elementos que mais se esforçaram. Foi, digamos, um «castigo» vão. Mas que valeu pelas sensações de se ter subido a 5% de inclinação à média de 26 km/h! E de pulso: 176.
De novo em pelotão compacto, desceu-se a caminho do Vale de Santarém, agora com o vento de frente. O Ruben, quase obrigado a ir à frente, «deu as últimas» na curta ligação à subida. Que foi transposta em ritmo certo, partilhado entre mim e o Fernando Duarte. O pelotão passou incólume. Ou foi o que pareceu... Tal como o fez no sobe-e-desce do percurso até Azambuja – então com mais revezamento à frente do que em todo a trajecto que já fora cumprido. Começaram a surgir à cabeça elementos como o Carlos Cunha, o João Rodrigues, o Hugo Maçã, entre outros. Depois do Cartaxo, dos que mais trabalharam na primeira metade, apenas o Fernando Duarte e o Capela se mantiveram no activo. E durante muitos quilómetros, até Vila Franca, não se registaram alterações a esta toada. Média Santarém-Vila Franca: 36 km/h.
A passagem pela cidade de touros e toureiros marcou o final da harmonia no pelotão. Logo à saída do empedrado, sucederam-se os ataques. A maioria de chamados «dois e quinhentos», sempre com resposta fácil do pelotão, mas houve um que perdurou entre Alhandra e Alverca: do Fernando Duarte (FD) e do jovem Rodrigo, que já demonstravam boa cooperação e, acima de tudo, sinais de preponderância sobre os restantes. Em Alverca, o Capela (e creio do Carlos Cunha) abdicaram do troço final até Loures, não participando nos principais picos de intensidade da tirada: que, como se previa, ocorreram a partir da subida da Sagres. E entretanto começara a chover copiosamente!
O ataque mais forte voltou a pertencer ao duo FD/Rodrigo, que ganhou cerca de 50 metros à saída da rotunda do Cabo e se lançou desenfreado para o final. No seu encalço, apenas um quinteto: eu, Duarte, Renato, João Rodrigues e Hugo Maçã, este o único Ciclomix no pelotão principal, mas a dar muito bem conta do recado: ao seu nível! A perseguição afigurava-se difícil, embora o grupo estivesse a entender-se, reduzindo progressivamente a desvantagem para 20 metros... e baixar. Até que... o semáforo do cruzamento Vialonga-Quinta Piedade nos tramou: fechou, obrigando-nos a refrear o ritmo. Perdeu-se o que se recuperara com tanto esforço! Mas ainda havia tempo de voltar à carga. Só que, eis nova partida do trânsito: na rotunda do MARL houve que dar passagem a um carro. Desta vez, obrigando a uma desaceleração maior – no meu caso e no do Renato quase a parar. Este, aliás, furou e ficou logo aí... Má sorte para o jovem de Bucelas, que vestiu meritoriamente as cores do Pina Bike!
Em consequência deste incidente de percurso, a perseguição, já de sim complicada, tornou-se desde então impossível. Sem dúvida! Tanto mais, que o nosso grupo acabou por se desmembrar. O João Rodrigues passou melhor a rotunda e isolou-se em posição intermédia, mas com os fugitivos fora de alcance. O Duarte e o Maçã seguiam cerca de 100 metros atrás; e eu ainda mais alguns metros, forçado a recuperar. Só o concretizei à entrada da primeira rotunda do Tojal (empresa Costa e Baleia), à custa de muita e preciosa energia. Considero que a separação, embora involuntária, foi um erro estratégico. No entanto, àquele nível de adrenalina e com o caos de visibilidade gerado pela chuva torrencial, se compreenda perfeitamente...
Assim, ainda faço o topo do nó da CREL a puxar o trio, onde deixei as minhas últimas forças... aproveitáveis. O Duarte e o Maçã partiram e chegaram a alcançar o João à entrada do «carolo» de S. Roque, comigo distanciado cerca de 100 metros. Reunimo-nos novamente após a rotunda do Infantado quando eles desaceleraram, já o duo da frente cumprira o objectivo de chegar isolado à estação de serviço. A média de Alverca a Loures, sector decisivo: 34,5 km/h. O meu pulso médio: 170!
Poucos minutos depois chegavam os restantes, creio com um dos elementos dos Duros em vantagem. Logo atrás, o «grosso» dos Pinas! O chefe (Pina), o Evaristo e o Capitão. Os «cinzentos» em maioria! Quando regressava, cruzei-me ainda com o Nuno Garcia na rotunda do Infantado e pouco depois, em S. Roque, com um trio que incluía o desafortunado Renato, o Jony (que parou para ajudá-lo a reparar o furo) e, creio, o Vítor Pirilo.
Correndo o risco de «puxar a brasa à nossa sardinha» – e quem levará a mal? -, não restam dúvidas sobre o excelente desempenho colectivo do nosso grupo nesta clássica inaugural. Bastante promissor para a restante temporada!

Não posso deixar de reiterar a homenagem a TODOS os participantes nesta clássica, pelo respeito e dignificação da filosofia que se pretende deste género de eventos «especiais» da temporada. Cumprimento a todos os estreantes e em especial aos Duros do Pedal (Algueirão) pela sua presença que, apesar dos percalços já referidos, foi a todos os níveis elevadíssima!

11 comentários:

DUROS DO PEDAL disse...

S Ricardo Costa e Ciclistas do Pina Bike:
Saudações ciclistas em nome dos DUROS DO PEDAL.
Gosto de felicitar todas as eniciativas e actos que dão valor a este desporto que tanto gostamos.
Como outsiders fomos bem aceites pela vossa companhia pois estamos todos nestas aventuras pelo mesmo motivo e estamos grátos!!!
Em todas as saidas existem sempre escaramuças com um sabor a competição saudável pois quem não gostaria de marcar um golinho numa baliza qualquer caso fossemos fotebolistas ??? Mal podemos esperar que chegue o próximo Domingo não é???
Obrigado por mais um Domingo de loucura saudável!!!
Já está agendada para o ano!!!
Abraços a todos!!!
TO MONTEIRO

Hugo ciclomix disse...

Antes de mais quero felicitar a todos pelo companheirismo e pela espectacular manha de ciclismo.

Gostaria tambem de fazer uma chamada de atenção (ja que não se fala deles na cronica) aos sete elementos que apos o furo do Steven e alheios a todos os problemas que se passavam a tras se adiantaram ao plotão tendo trabalhado em equipa e dando tudo para ganhar vantagem a um plotão que se sabia mais forte. Havia de tudo Pinas(Rui BH)individuais (Torpes e Luis)Ciclomix (Garfield e Feijão)e Team de Pero Pinheiro(Cavaleira), todos deixaram a "pele" pelo caminho, todos passaram pela frente e deram tudo prova disso é que foram ficando pelo caminho um a um, só o Torpes e o Andre manteram o ritmo tento ainda o Rui chagado a BP antes que os "tubarões" o alcançacem (MUITO BEM).

Portanto quando se fala no Hugo Maça o único Ciclomix no pelotão, se bem me lembra, e pelas minhas contas o unico que não estava na frente era o Hugo Filipe (a recuperar de uma queda),das 10 primeiras bicicletas a chegar a Loures, 4 eram Ciclomix (André, Hugo Maça, Hugo Garfield e Hugo Feijão)contra 2 Pinas Bike (Rui e Ricardo).

Os Cinzentos teem que treinar mais!
(peço desculpa pelo veneno ;))

Um abraço ao pessoal e domingo (se o tempo ajudar) há mais.

Anónimo disse...

Amigo Ricardo uma vez mais expresso aqui o meu comentário primeiramente para uma vez mais te congratular pelo trabalho de tão ilustre escribão. E faço-o primeiramente porque tenho plena consciência que este é um trabalho tão meritório quanto dificil, principalmente num dia como o de ontem, com tamanha intempérie e com um pelotão tão numeroso.Depois porque é extremamente motivante ter o previlégio de andar num grupo tão numeroso(e não são muitas as vezes que tenho a oportunidade de andar em grupo, daí o meu pavor de na maioria das vezes me sentir amedrontado por andar na roda),e após as suas voltas poder ter o prazer de ler a crónica que geralmente relata o mais fidedignamente possível os acontecimentos velocipédicos semanais.Daí e por tudo isto o meu agradecimento.
Por este andar,e se o josé Azevedo vier a ter conhecimento das tuas capacidades ciclísticas e sobretudo de tão nobel escribão, ainda corres o risco de te vir contratar,mais que não seja para efectuares as crónicas diárias da RadioShack,e do seu pricipal elemento, Lance.

Vítor «Pirilo»

Ricardo Costa disse...

Caro Hugo (Silveira)

Nada desvirtua o vosso esforço e o mérito da participação neste evento. De qualquer modo, pelas circustâncias que referiste, o grupo que se isolou em Alverca devido à paragem/abrandamento de todos os restantes participantes, devido a um furo devidamente alertado e cuja neutralização foi por grande parte destes respeitada (com paragem no local), tem de se considerar que (esse grupo) esteve «à parte» de todas as incidências da Clássica. E apenas por esse motivo não é referido na crónica.
Na soma das duas paragens (Alverca e Almeirim), o tempo perdido pelo pelotão principal foi superior a 20 minutos. Logo, deverás concordar que quaisquer referências sobre as suas posições à chegada a Loures (em relação ao dito pelotão) não fazem o mínimo sentido.
De qualquer modo, isso não belisca, como frisei, o esforço e o mérito, que não foi menor que os de TODOS os participantes, os quais homenageie, com claro destaque, no início e no final da minha crónica.

De resto, um enorme bem haja aos poderosos «rivais» do Ciclomix, em especial para o triunvitato de Hugos: Silveira, Maçã e Arraiolos. As vossas simpatia, companheirismo e nível atlético/desportivo são, sem falsas modéstias, para nós (Pinas) uma excelente referência.

Abraço e até domingo

Anónimo disse...

Boas!!!
Antes demais só tenho de pedir desculpas a todos os DUROS e tambem ao Ricardo Costa (Pina Bike) pois abandonei a aventura ao km 15!
Assim sendo ainda não foi hoje que fiz uma aventura, pelo menos na totalidade com os PINA!
Depois de uma noite não dormida, pelas 6h o céu estava limpo e logo envio a mensagem `` bora´´ aos mais duvidosos!!!
O mercurio bateu nos 5 graus em Caneças congelando a humidade que o vidro do carro tinha!!!
7h30m já alguns Pinas preparavam as bikes, e foram chegando tipo conta gotas assim como os Duros do Pedal!!!
To monteiro - Helder massamá - Nuno Massamá - Tapadas - Alvaro Negrais - Esteves - Francisco - Castro
Sai-se pelas 8h10m + - e na zona da Loja do Pina Bike reduziu-se o ritmo, talvêz esperando por alguem...
Pouco mais á frente numa descida em curva cai um bttista pois encostou a roda no da frente e foi parar na Berma bem aflito do bráço ficou...
Depois do Tojal metade do grupo fica as voltas numa rotunda enquanto outra metade segue e achando eu aquela situação perigosa sem saber se parar ou não decidi seguir devagar ficando entre 2 grupos!!!
Nesta altura já chuvia um pouco e olhando para tráz era uma escuridão que mais parecia sermos perseguidos pela noite!!!
Alguns kms mais á frente paramos, pois a chuva já pingava bem no capacete, e perguntando eu o que teria acontecido para o grupo de tráz demorar tanto, decidimos voltar para tráz para ver o que se passava!!!
Será que já estão debaixo de chuva e voltaram para tráz (pensei)
Cada vêz chuvia mais e paramos pois o comboio ja lá vinha !!!
2 Duros já decidiam voltar para o carro mas vaqueirinho e Esteves decididos como uma flecha logo se lançaram na perseguição do grupo e lá foram !!!
Eu e o Helder decidimos ir tambem ao encontro do grupo quando começa a chuver Pedra desalmadamente...
Ficamos a ver o grupo desaparecer ao lonje meio apagado devido ao diluvio que caia, e a chuva de pedra que quase rachava o carolo foi a gota de agua que transbordou, e pensamos já não dá para ir atráz e nos protejemos numas bombas de gasolina ...
Fim da linha...
Fica umsilencio no ar e uma angustia no peito!!!
Fica a sensação que perdemos o comboio para algo muito importante, misturada com uma certa raiva fazendo sair destas cabêças algumas palavras menos bonitas do vocabuário!!!
Quem me dera ter a capacidade de sofrer e determinação como tem o Vaqueirinho ou o Nuno Massamá por ex.
Mas esta não é a minha profissão!!!
Brevemente o resto do Rescaldo pelos herois da volta!!!
TO MONTEIRO

Anónimo disse...

Boas pessoal...
Mas k bela pedalada....Desde já os meus agradecimentos a todos os Duros k compareceram.
A noite foi mal dormida devido a alguma ansiedade...o treino algo puxado de sabado e o alto ritmo k eu previa
fizeram me mossa...
Tou bem empenado.
A aventura comecou e logo comecaram os primeiros pingos,que depressa se transformaram em chuva bem grossa.
Mas para quem,como eu,gosta de sofrer em cima da "magana" a palavra DESISTIR raramente e só por força maior se aplica...
Alias depois do diluvio do Tróia-Sagres de 2008 isto não foi nada.
Foi pena os amigos Tó,Helder e Tapadas não nos terem acompanhado pois perderam um belo espectaculo.
Mas voltemos ao k interressa...
Logo junto à loja Pinabike o primeiro de vários furos levou a k (quase)todo o grupo abrandasse,xegando mesmo a parar.
Isto passou se pelo menos mais 2 vezes(k eu desse conta).
O ritmo até Santarem foi rapido mas nada de grandes loucuras.Somente alguns "sprints" nos topos k iam aparecendo.
Estes sprints serviram desgastar o grupo.Antes de Santarem deu se novo furo.
Nesta altura eu o Vaqueirinho o Francisco e o Alvaro fomos seguindo o k nos permitiu fazer a subida de Santarem a um ritmo mais tranquilo.
Mas os PINAS não tardaram.Aparecem à saida de Santarem.
Daki prá frente foi um espectáculo.
As escaramuças comecaram...tudo o k era topo parecia uma meta volante.Rolou se a muito bom ritmo.
Foi então k o amigo Francisco num destes topos lhe salta a corrente e axo k foi ai k perdeu o pelotão pois não mais o vi.
Até Vila franca foi sempre a abrir com estes esticoes pelo meio.
A partir de Vila Franca foi o DEUS no ACUDA.
Era sprints atrás de sprints e até à recta da central de cervejas ainda se manteve muita gente.
Mas como muitos sabem akilo ainda sobe e para não variar sai mais uma acelaração.
Desta vez fez mossa e ficam cerca de 6/7 homens na frente.
O Vaqueirinho o Alvaro e mais uns 2/3 movem a perseguição.
Aki perdi cerca de 40/50metros.
Ao entrar na recta de Vialonga juntou se me mais um homem mas já não os conseguimos apanharl.
Passamos por um Pina furado e o homem k vinha comigo fica.
Dei então tudo para os apanhar até à subida do viaduto doTojal... MAS.... foi ai k senti as pernas a "rebentarem"
A força simplesmente foi se...Até Loures foi um suplicio mas a vantagem foi suficiente para mais ninguem se aproximar.
Chegado a Loures e foi ver o pessoal a aparecer a conta gotas.
Um grande agradecimento a todos os PINAS pelo fantástico espirito.
Aos Duros k compareceram....ESPECTÁCULO....
Não posso deixar de dar uma palavra ao amigo Vaqueirinho
Tu és DURRROOOOOO.......

Obrigado a todos NUNO "massamá" SILVESTRE

Anónimo disse...

Bem como o Nuno disse eu num dos topos (+- KM 90), saltou-me a corrente, o que me obrigou a parar pois a mesma ficou presa entre o quadro e o prato, o que com o stress de ver todos a fugir ainda me fez perder mais tempo. A partir dai foi uma luta inglória contra o vento sozinho na tentativa de apanhar o pelotão (podem ver pelo gráfico da pulsação que não baixou mais das 165 ppm), fui passando por alguns que iam ficando para traz, e para ajudar à festa, como não sabia o caminho, fui para a Sacavem, pois só ai a seguir à ponte sobre o Rio Trancão vi uma placa a dizer Loures, estou safo pensei eu, mas pouco à frente a estrada empinou e lá tive eu que subir até lá acima (ver gráfico), depois tive de descer para Loures devagar pois a estrada estava cheia de água e era só curvas. Lá em baixo estava o Loures Shoping, para onde me dirigi pois não fazia a menor ideia para onde era a bomba onde tinha deixado o carro, bem voltei para trás e segui as placas Loures centro, onde ao cimo da subida encontrei a viragem para Montemor, yes, já sei onde estou gritei eu todo molhado debaixo de uma jurrada de água que só visto, lá fui eu direito ao local de encontro pelo lado oposto. Bem posto isto posso dizer que mesmo com os contratempos, adorei o treino pois senti-me bastante bem e cheguei sem grandes dores nas pernas apesar dos 165,82 km (75 sozinho) e os 31,12 km/h com os percalços não foram nada maus .

Um grande abraço a todos e até domingo,

Francisco Gonçalves

Anónimo disse...

Partida um tanto ou quanto atribulada. Eram 8:10 e ninguém dava ordem de partida, no entanto fomos saindo aos poucos e ao ralenti.
Até parecia, vamos ali e já voltamos!
Ao passarmos por uma rotunda, depois do tojal uns quantos ficaram por ali ás voltas à espera não sei de quê. Outros seguiram em marcha lenta aonde seguia eu o Tapadas o Hélder e depois o Tó.
Entretanto começa a chover e com o céu já bem carregado de nuvens escuras dispostas a descarregar em cima do pessoal.
Foi então, que o Carlos o Tó e o Hélder decidiram não arriscar e voltar para trás.
Todos nós sabemos como é perigoso andar de bicicleta com chuva, numa estrada molhada, bastante movimentada de carros rotundas etc. (o Carlos Tapadas principalmente ainda não se esqueceu o que lhe aconteceu à pouco tempo).
Entretanto, eu e talvez mais 50 estávamos dispostos a arriscar (eu como pratico BTT já estou habituado a patinar e a malhar lolol.)
Passa o grosso do pelotão já recheado de todas as “vedetas” com a fúria de devorar os 152km num ápice. Rolando entre os 40-50kmh.
Até Vila Franca fomos alcançando alguns elementos e engrossando o pelotão.
Em Benavente o Álvaro Negrais comenta: com este ritmo parecemos nós, que estamos na recta da Granja a disputar a chegada ao Algueirão e nem tenho conta km, eu respondi: não te preocupes, que vamos a 45kmh e a pulsação vai a 144 batidas vamos aqui na roda e vamos bem! O pior era os esticões, que de vez enquando a automotora dava.
Existiam maquinistas, que tinham lenha, para dar e vender, portanto nós naquela altura não precisávamos de por lenha, mas sim não deixar partir a corda, que por vezes mais parecia um elástico.
Em Almeirim grita-se, furo! Eu o Álvaro o Nuno e o Francisco não parámos. Continuamos e fizemos a subida de Santarém nas calmas e entretanto, aproveitávamos e bebíamos um café, qual café qual quê! de repente passa a automotora a alta velocidade e lá fomos nós.
Sei, que o Francisco teve um percalço à saída de Santarém, saiu a corrente do pedaleiro o Nuno comentou, que ele tinha resolvido a situação, mas eu não o vi mais. (fez-me lembrar o meu Tróia Sagres Primaveril. Também deixei de ver a automotora).
De Santarém a Loures as picardias foram constantes, especialmente, quando surgia uma subida, que era para ajudar os mais desfavorecidos.
Do Vale de Santarém até Vila Franca. Como me sentia bem, também ajudei a fazer alguns estragos. Já, que me tinham feito sofrer até ali eu também me achei nesse direito.
O pelotão em Vila Franca devia ter agora à volta de 30 elementos. Não desarmavam mantendo-se muito compacto, apesar das muitas escaramuças.A partir de Vila Franca houve vários ataques alguns deles motivados pelo amigo Castro, quando gritava no meio do pelotão “dá-lhe agora, dá-lhe agora”
O pior foi na Subida de Verdelha em direcção a Vialonga, quando cerca de 5-6 elementos conseguem a fuga. Eu e depois o Álvaro respondemos, mas não o suficiente, ganharam-nos cerca de 50m. Incentivo o Álvaro, para me ajudar na perseguição, mas este já não dava mais (anda a treinar só aos domingos!) deixando-me a mim sozinho com essa amarga tarefa.
No Final penso ter perdido no máximo 2 minutos, para os primeiros. Entretanto chega o Álvaro e depois o Nuno este bastante agastado (é o que faz andar a treinar no dia anterior!)
Como eu ainda tinha de ir, para casa de bike subir Montemor só fiquei por ali mais 5” e não vi mais miguem chegar dos Duros.
O meu GPS acusou 151,85Km de distância e média de 33,10Kmh (a média será mais alta tendo em conta, que houve 2 ou 3 furos e durante esse tempo eu circulei devagar, para não arrefecer).
Ainda deu, para ver e falar com a “Dura” Ana Turle, que estava na BP não fosse o Nuno não ser capaz de chegar a casa eheheh.
Até Almeirim foi sempre a chover de Santarém até Vila Franca deu, para secar a roupa no corpo. O pior foi depois de Alverca até Famões. Todo encharcadinho!!!
Quero agradecer em meu nome e dos Duros do pedal a excelente companhia de todos. Em especial aos “vizinhos Pina Bike” um muito obrigado, por esta oportunidade. Até, Loures – Évora.

António Vaqueirinho

Anónimo disse...

Caros DUROS só de ler estes relatos sinto o sangue a fervilhar...
Pena tenho de não ter ido pois tinha lá ido comparticipar com umas escaramuças também...
Acho que ficámos bem representados pelos presentes, honraram os DUROS DO PEDAL... MAS TEMOS DE LÁ VOLTAR PARA MAIS LOUCURA.

Abraço.
Pedro Bike, aquele que teve pena de não ter usado a marreta este fim de semana.
Viva a competição saudável

Feijão disse...

Boas pessoal, para mim a primeira, sei que para vocês mais uma clássica, espectáculo, digamos foi uma experiencia muito boa.
Agora após ler a Crónica e ver os comentários reparo que o grupo onde eu ia (os fugitivos) não fazia-mos parte da clássica!!!! Apesar de nós termos trabalhado em conjunto, excelente trabalho, o objectivo era não ser absorvidos pelos tubarões que nos perseguiam a todo gás.
Como o Hugo Silveira diz “ nos 10 primeiros chegaram 4 Ciclomix” isso é de louvar, uma equipa muito pequena que cada um tem de olhar por si, consegue uma boa prestação na primeira clássica.
E agora que venham mais fins de semana e mais clássicas, considero uns Domingos de loucura.

Anónimo disse...

Apesar de ter tido muitas vezes a tentação de voltar para casa lá fui pedalando e cumpri a clássica de Santarém na companhia do Carlos do Barro do Alex (KTM), Carlos e Jorge ciclomoinas, e outros que não me lembro ou não sei o nome.
O nosso ritmo foi mais moderado de acordo com as nossas capacidades e a média rondou os 30km/h.
Aproveito para convidar os que gostam de andar de bicicleta, desafios, viajar, e têm uma dose de loucura para lerem um artigo da visão “Volta à Europa em Bicicleta” http://aeiou.visao.pt/volta-a-europa-de-bicicleta-9-meses-em-50-fotos=f549628
Eu já marquei a minha volta à Europa em bicicleta que vai acontecer quando me sair o euromilhões.
Saudações a todos que participaram na clássica
Filipe Nunes