Clássica dos
Campeões, a última da temporada, foi de bom nível mas acusou as limitações da
sua posição tardia na época. Alguns concluem-na (a época) em excelente forma,
entre estes a maioria que participou no Skyroad ainda há uma semana; outros já
em declínio, natural, devido ao «peso» dos muitos quilómetros. Todavia, comum a
todos, o desejo do merecido período de defeso - que, para mim, virá logo após o
Livramento-Óbidos, do camarada Paulo Pais, no próximo domingo.
Por isso, os
participantes não foram em número tão elevado como é habitual nas Clássicas. De
qualquer modo, foram entre as 15 e 20 unidades, e com «pedal» suficiente para
se ter cumprido uma média muitíssimo interessante e para diversos momentos de
enorme animação.
A saída de
Loures foi tranquila e só a partir de Alverca a velocidade média ultrapassou
mais largamente os 31 km/h que se registavam à passagem pela cidade. Entre esta
e Alenquer, média de 35,5 km/h, com o pelotão compacto e a rolar em ritmo
certo.
A entrada no
sobe e desce, que culminou com o carrossel da Espinheira só aqui trouxe
novidades. Após a Abrigada, adiantou-se um quarteto de respeito (Nuno Mendes,
os Brunos, Felizardo e de Alverca, e o Carlos Santos) – que rapidamente se
reduziu a trio com a saída deste último -, que não demorou a ganhar vantagem
nas vertentes da Espinheira, perante a «autorização» do pelotão comandado pelo
Ricardo Gonçalves, o «puto» André, o Filipe Arraiolos, eu e o Jony.
Ultrapassado
este parte-pernas, na descida final, o Arraiolos embala o grupo, desencadeando
a perseguição, a que correspondeu, numa primeira fase, o Jony, que fez a subida
até à rotunda do Cercal (muito bom ritmo, sempre acima dos 30 km/h), e após
esta, o primeiro momento de grande intensidade: o André mete um passo
fortíssimo na subida do Cercal (5 minutos com o coração à média de 170 ppm!).
Resultado: no alto, pelotão altamente selecionado. Na frente, apenas eu, o
André, o Ricky, o Arraiolos e o... Ricardo Afonso (excelente forma!). Creio que
o Carlos Santos não demorou a reentrar. Todos os restantes ficaram «cortados».
Tal como não demoraram os fugitivos a serem alcançados.
Durante
alguns quilómetros, houve dois grupos, mas à passagem pelo Vilar o pelotão
estava novamente compacto – momento que coincidiu com a chegada (ao nosso
encontro) do Paulo Pais e do Runa. Após isso, rolou-se moderadamente até à
Ermigideira, início da subida do Sarge. Na aproximação, porém, o Nuno Mendes
elevou o andamento, estimulando para uma transposição muito mais do que «ligeirinha»
- embora não «terminal» -, e com o Paulo Pais e o Runa já a mostrarem serviço.
Contudo, foram o Ricky e o Arraiolos os mais fortes na aceleração final, embora
sem forçar a fuga. O pelotão voltou a formar-se logo à saída de Torres para
Runa, ligação tranquila, sob o meu comando.
Deixaram a
meu cargo a abordagem à rampa (íngreme) que se segue a Runa, e foi o seu
homónimo (o Runa...) a «mexer» - e de que maneira! Passou direto, ganhou cerca
de 50 metros – e ninguém parecia responder. Decidi forçar e mantive-o a uma
distância recuperável, até que o Ricardo Gonçalves passou à perseguição,
alcançando-o e ultrapassando-o pouco antes do topo, com o escapado em perda.
Franqueámos (os três) o cume praticamente juntos e destacados do pelotão, onde o
Ricardo Afonso voltava a sobressair. Todavia, os restantes não demoraram a
reunir-se a nós, antes de Dois Portos e da abordagem à subida que se esperava
decisiva para o Sobral.
E assim foi.
No entanto, os primeiros dois quilómetros foram, estranhamente, tranquilos, com
o Ricky e o André a liderarem em andamento lento, perante a expectativa dos
demais. Foi então que decidi meter o ritmo, e fi-lo até cerca de 700-500 metros
do alto, já com o grupo reduzido à expressão mínima. Nessa altura, o André
acelerou com o Ricky na sua roda, e ganharam alguns metros, inevitavelmente.
Tardou a resposta, que veio o Carlos Santos e do Arraiolos, aos quais me
agarrei, num final de grande sofrimento. Após o alto, os dois da frente estavam
a cerca de 100 metros. Mas no centro do Sobral decidiram virar à direita para a
descida da Feliteira para apanhar o cruzamento mais à frente, para nova subida
em direção à rotunda da praça de touros. Que ideia? Era suposto seguir-se em
frente (pela rua em empedrado). Com esta baralhação, perdi as rodas dos meus
dois parceiros... e não mais as apanhei, entrando em claríssima perda, que apenas
consegui atenuar na ascensão final, para o Forte de Alqueidão, onde os dois
perseguidores alcançaram o duo de fugitivos, lançando-se para a longa descida
para Bucelas.
A mim,
restava deixar-me ir , e em breve tive companhia. Primeiro do surpreendente
Ricardo Afonso, depois do Nuno Mendes e do um dos (apenas dois presentes) Duros
(o outro foi o Vaqueirinho, que esteve em elogiosa representação do seu grupo,
um dia depois de ter vencido a sua categoria na maratona de Santarém), e um
pouco mais tarde, também o Bruno de Alverca. Até ao Tojal, apenas se ressalva a
ligeira saída de estrada do Mendes, numa das curvas da descida do Alqueidão,
felizmente sem queda.
Do que se
passou no quarteto da frente não sei. De qualquer modo, os seus elementos demonstraram
que foram os mais fortes nesta Clássica que encerrou, com chave de ouro, a
temporada de 2013. Para o ano voltarão a pontificar no nosso calendário, consagrando
estes eventos de ciclismo com o mesmo elevado nível que se lhes reconhece!
Nota: no próximo domingo, o camarada Paulo Pais reúne as tropas para mais um Livramento-Óbidos-Livramento (cerca de 100 km). Concentração no Livramento (junto ao pavilhão gimnodesportivo, pelas 8h30), e partida às 9h00.
2 comentários:
Ricardo
Esta volta do Paulo Pais o caminho é Livramento-òbidos-Livramento 100km certos ou passa pelo Vilar e são mais km?
Já não me lembro do ano passado. Tenho de me preocupar já que se for de bike dá-me 200km, ehh
Pedro Fernandes (Carregado)
Atenção
Não esquecer
Em Portugal
A mudança seguinte (ao horário de Inverno ) verificar-se-á:
O dia 27 de Outubro de 2013
Às 2:00 da manhã o relógio mudará às 1:00 da manhã
Um abraço
Pedro Fernandes (carregado)
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