A Clássica Pina Bike, do último domingo, foi sem dúvida a melhor do ano. Percurso interessante e seletivo, pelotão numeroso e bem recheado, e uma «atitude» extremamente positiva dos participantes que prestigia este tipo de eventos. Fica a faltar a Clássica dos Campeões, no encerramento da temporada, dia 20 de outubro – que se espera de celebração de mais uma temporada cheia de atividade, em que voltou a eleva a fasquia do nível qualitativo e de participação!
À partida de Loures, o
pelotão estava bem composto, com cerca de 20-25 unidades, para o que contribuiu
a integração de diversos camaradas dos Duros do Pedal – sempre assíduos - e dos
Roda28 – também a tornarem-se «habitués» nas nossas lides -, que se juntaram a
uma representação forte e numerosa do Pina Bike – o que se saúda!
Saída em direção ao Tojal e
Bucelas, desde logo a bom ritmo, com diversos elementos a passarem pela frente
do grande grupo, prevalecendo a formação Pina Bike, mantendo uma toada «certinha»
que se prolongou aos primeiros quilómetros da subida para o Forte de Alqueidão.
Nesta fase o andamento foi relativamente moderado, só se «inflacionando» cerca
da Quinta do Paço, quando começou a haver pequenas movimentações, sem grande
expressão, mas animadoras. Uma das últimas, sob iniciativa de um Roda28, a que
se juntou o «nosso» Bruno Felizardo, foi a mais consistente e durava há alguns
minutos com cerca de 100 metros de vantagem sobre o pelotão comandado mais
amiúde pelo Ricardo Gonçalves – que parecia agir em «coordenação» com o Renato Ferreira.
Mas, não foi preciso esforço para anular a fuga, uma vez que o Roda28 furou no
último km da subida, levando a que a maioria dos seus companheiros parasse em
seu auxílio (não é a primeira vez que esta equipa da zona de Sintra demonstra
forte coletivismo, num excelente exemplo de camaradagem). Perante isso, todo o
pelotão reduziu substancialmente o andamento, o que não invalidou que o tempo
de subida se tenha ficado por muito apreciáveis 24.15 m.
A «espera» continuou nos
quilómetros seguintes, na descida para Seramena e Cabêda, e prolongou-se,
inclusive, na ligação a Sapataria, na subida subsequente e até início do troço
Milharado-Roussada. No entanto, sem que os Roda28 voltassem a reentrar. A ligação
Milharado-Venda do Pinheiro já foi mais rápida (principalmente a subida final),
e após esta, até à Malveira, voltou-se ao andamento de cruzeiro de Clássica – e
ainda sem sinal dos retardatários acidentados. Com o ritmo imposto na longa
descida para Vila Franca do Rosário seria agora difícil que voltassem a
reintegrar-se.
Chegava, então, o Gradil,
com o pelotão compacto e os músculos novamente bem quentinhos. Contudo, quando
se esperava uma entrada de leão, foi de... sendeiro. Para as minhas pretensões
(de mais uma etapa de preparação para o Skyroad da Lousã), não servia, por isso
passei a impor o andamento, em parceria do Nuno Garcia até à entrada da vila e
depois sozinho até às últimas centenas de metros da primeira subida, quando
alguns saíram de trás, acelerando o ritmo. No topo, o grupo estava «partido»,
mas a maioria reentrou na descida, mesmo antes da segunda ascensão, a mais
longa e complicada.
Nesta, a mesma parcimónia
da anterior. À cabeça, o ritmo era deixado à responsabilidade do «Ricky»
Gonçalves, que o mantinha em lume brando perante a passividade dos demais, na
sua roda. Assim, voltei a assumir as despesas, a uma intensidade que me
convinha. Fi-lo uma vez mais até às derradeiras centenas de metros, quando se repetiu
o figurino da primeira subida. Só que, agora, com uma mudança de ritmo muito
mais forte (do Carlos Cunha), ao que os mais poderosos corresponderam. Perante
esta, fiquei a «abanar» na cauda do grupo de elite e cheguei a temer por
perdê-lo. Não aconteceu. Na Murgueira, o pelotão estava já bastante
selecionado. E definitivamente. Tanto mais, que a caminho da rotunda de
Barreiralva, o Ricardo voltou a assumir o comando, mas agora impondo um grande
andamento.
Desceu-se, então, para
Monte Bom e Santo Isidoro, sempre com precaução redobrada devido ao piso
húmido. Antes, integraram-se alguns elementos dos Viveiros de São Lourenço, com
um deles a «meter o passo», ao lado do Ricardo, no início da subida de Sto.
Isidoro. Aí, mais uma vez ritmo demasiado baixo para os meus intentos. Pelo que
voltei a repetir a dose «dupla» do Gradil. O meu trabalho voltou a ser
«interrompido» já perto do final da ascensão, agora por uma extraordinária aceleração
de um dos «Viveiros» (creio que o ex-profissional Serafim Vieira), que
rapidamente ganhou uma centena de metros até final, forçou a uma perseguição
«violenta» conduzida pelo Ricardo (creio que demasiado forte para as
«necessidades»), mas o fugitivo, ótimo rolador, foi alcançado já perto de
Paz (onde se juntaram os Roda28, em sentido contrário, vindos da Murgueira; e com
eles, também o Felizardo).
De Mafra a Alcainça, a
vivacidade aumentou ainda mais, mercê de um empertigamento entre os Viveiros e
os Roda28 (todos muito mais frescos!), deixando os poucos que restavam com o
«percurso completo» na expectativa. Eram estes (posso falhar algum): eu, o
Ricardo, Arraiolos, Bruno de Alverca, Carlos Cunha, Capela, Carlos Santos,
André (que perdeu o comboio antes de chegar a Alcainça).
Na dura subida final, para
a Ribeira dos Tostões, o Bruno e um Roda28 entraram destacados, tendo sido
alcançados a meio da rampa, na parte mais íngreme. O grupo fracionou-se, com não
mais de meia dúzia à cabeça no topo, sem que alguém fizesse a diferença. A
partir daqui, os Viveiros e os Roda28 seguiram para Pero Pinheiro, enquanto os
resistentes dos «100%» (eu, o Ricardo, Arraiolos, Bruno de Alverca, Carlos
Cunha, Capela, Carlos Santos) completaram o trajeto mantendo um bom ritmo até
Sta. Eulália.
No final, em Loures: 3h20m
para 106,2 km, à média de 32 km/h.
No dia 20 há mais, na
Clássica dos Campeões. Recordo: pretende-se que celebre o encerramento da época.
Mas dela falaremos a seu tempo.
No próximo domingo, rolar, rolar para o Infantado (no sentido inverso)
1 comentário:
Très intéressent ton commentaire, une bonne pièce journaliste.
Je ne pouvais pas faire "le tour des champions".
Alors mon ami Ricardo, « habitués » ça veut dire quoi?
Peut-être ça vous dire « habituado en portugais ? et dans ce texte ne marche pas, ehh
Mais la parole qui tu a pensé est "frequentes" en français ça vous dire « souvent » et de cette manière tu ne parle pas Globish, ehhhh
Au revoir mon amie de Vélo
Pedro Fernandes
(pronto podem se atirar para o chão a rir, aahh) E esta ehhh
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