A volta do
passado domingo, da Ereira, foi uma das mais agressivas dos últimos tempos.
Agressiva, porque disputada em permanente sobressalto, por um grupo pouco
numeroso, triado pela forma física, e em – e aqui a justificação daquela característica
– em constantes ataques e contra-ataques, sem quaisquer comedimento pela exigência
do percurso. Afinal, havia a Ereira e não «só»...
A saída de
Loures em direção a Bucelas foi moderada (não refastelada), por ter estado na
liderança do grupo que não tinha mais de 10 unidades. Com as pendentes a não se
fazerem esperar, 29 km/h de média à passagem por aquela vila demonstrava que...
equipa A é equipa A! Todavia, embora se prevendo que a longa subida para a Venda
do Pinheiro traria mais intensidade, surpreendeu que, logo na subida das
Murgas, o Nuno Mendes tenha posto um passo rijíssimo. Como se não houvesse... mais
nada. Secundado pelo Arraiolos, mandaram abaixo o KOM e levaram grande parte
dos restantes ao vermelho.
Foi o mote
para o andamento na subida que se seguiu, impulsionado ainda pelo vento
favorável. Com as feras a posicionarem-se à dianteira desde o Freixial, estava
quase garantido que novo KOM (meu, chuif!) seria estabelecido. Ficou para o COME
KOMs, Tiago Pereira, tão interessado e precavido quanto eu, mas muito mais
explosivo nos metros finais, distanciando-me em 4 segundos. Média de 30 km/h
entre Freixial e o topo da Venda.
Aqui, uma má
ação: desrespeito pela neutralização para reagrupamento, deixou o Jorginho e o
Pedro Fernandes (sorry, sorry!) para trás. Não havia nada a fazer. No local estipulado,
uma correria em vez da espera: entre o cruzamento da EN8 à entrada da Venda e a
rotunda da A8 (à saída da Malveira), média de quase 50 km/h. Fomos trouxas!
E que dizer
na descida de Vila Franca do Rosário?! Velocidade furiosa, alguns cortes e
pouco plausíveis acelerações e consequentes cortes... Até ao Carvalhal, onde
acusávamos, desde início, 35 km/h médios. Aqui paragem de alguns minutos devido
a uma queda num grupo que seguia à nossa frente. Um camarada prostrado, com o
rosto muito maltratado, bastante ensanguentado.
Retomámos a
marcha, fazendo-nos à subida de Catefica – e de repente, quem é que abrira a
janela! Com vento frontal, e já na companhia do Paulo Pais, comandei o grupo até
ao cimo. Embora parecendo não conseguir avançar perante a resistência do sr.
Bento, foi o período de maior intensidade (constante) do meu esforço até então
na volta. Na rotunda da A8, nova paragem: furo do Felizardo. Durante 40 km, sempre
a abrir. Em menos de 5, pára-arranca, vento... Durante a operação, passaram o
Jorge e o Pedro. Com cara (e palavras) de poucos amigos. Com razão!
A partir
daí, Torres tranquilamente e no Sarge voltei para a liderança, impondo um ritmo
agora com outro élan (menos vento). Depois da fase mais rude da subida, o
Augusto Vitorino rendeu-me com ímpeto. Tomei-lhe a roda. Mas não tardou que, de
trás, começassem a surgir esticões. A toada transfigurou-se, tornou-se, então súper
agressiva. A descer, mais intensidade do que a subir! Às tantas, trio na
dianteira. De respeito. Vitorino, André e Arraiolos. Perseguição frenética mas
sem resultados até à entrada na subida. Assim, a maioria com afogo. O Tiago foi
o único a conseguir-se juntar aos da frente, mas rapidamente descaiu para o seu
passo. O trio destacou-se paulatinamente, com um andamento acima dos demais. O
Tiago não deverá ter perdido a esperança de uma quebra, que não sucedeu. Atrás,
eu, no meu passo (justo, justo...) a comandar a (pseudo) perseguição. Mas só se
perdia terreno. Na fase mais dura, vento mais forte de cara. Ainda por cima.
Para mim chegou a roçar o penoso (talvez seja exagero meu, mas digo-o pelas más
sensações e incapacidade de sair daquele ritmo... penoso). Comigo (apresento
finalmente os que ainda faltavam), os Brunos, o Ricardo Afonso, o Nuno Mendes,
o António «Rodinhas» e o Jorge (apanhámo-lo na subida, tal como ao Pedro, mas
este mais atrás, como ficou o Félix e o Paulo Pais, este último ainda bastante
curto nesta fase da época). Na rampa final, o Bruno de Alverca e o Afonso
ganharam alguns metros. No topo, o trio da frente passou com 1m30s de vantagem
sobre mim (registo Strava), o que é muito, demasiado, mesmo para quem era... O
Tiago transpôs em posição intermédia, com mais 1 minuto do que os líderes.
Todos
passaram e sem parar... sem esperar pelos retardatários. Como o fiz, nova recuperação,
agora na subida da Merceana-Sobral, a «mielas» com o Félix (deixando para trás
o PP e o PF). Os perseguidores da Ereira, afinal, esperavam (juntámo-nos em
Carmões) mas os perseguidos foram até ao fim. No Sobral, estes voltaram ao
nosso encontro – para um final feliz, com o Nuno Mendes a impor, uma vez mais,
a sua boa forma (ficou na retina!) para o Forte de Alqueidão e após isso, uma descida
musculada para Bucelas a deixar em dificuldades (creio que não apeados) os que
vinham mais desgastados.
2 comentários:
Ricardo
Agressiva, põe mais enfase na Agressividade, isto é, sem qualquer descanso, cheguei completamente morto a casa (a empurrar a bike, grande empeno…), com 141km de acumulado, eehhhh.
E a tua “espera” no topo da Ereira fez com que tivesses de subir sem mim e o Paulo Pais e sem grupo, porque estávamos já “quase mortos”, aahh. Ricardo parabéns pela tua atitude, os grandes homens medem-se pelas atitudes e valores, o retorno mais tarde ou mais cedo surgirá tanto no âmbito profissional como pessoal, parabéns para ti.
Penso que estavam todos chateados com a vida.
Companheiros!... para além da bike fazer sexo também é bom para descomprimir, aaaahhh
Nós descolamos sim, mas a recolagem permitia mais uns km de roda, aahh e evitava que andássemos aos “papeis” a perguntar a várias pessoas o caminho para a Ereira.
A propósito de sexo, ouviiii, alguém se queixouuuuu,aqaaahh que há malta que não faz sexo ao sábado à noite para estar com a carga máxima no domingo. É pá não façam isso para bem das vossas mulheres.
Existe um cantigo Irlandês “If you never get fucked on Saturday night you´ll never be fuck at all”, cantam nos bares à 6ª feira é verdade, com grandes canecos de cerveja, mas ao sábado não perdoam, eehhhh!
Deixo-vos cantado: http://youtu.be/-uWROFrQRgc
E escrito:
“Balls to your partner,
Arse against the wall.
If you never get fucked on a Saturday night
You'll never be fucked at all.
There was fucking in the kitchen
And fucking in the halls
You couldn't hear the music for
The clanging of the balls.
Now Farmer Giles was there,
His sickle in his hand,
And every time he swung around
He circumcised the band.
Jock McVenning he was there
A-looking for a fuck,
But every cunt was occupied
And he was out of luck.
The village doctor he was there
He had his bag of tricks,
And in between the dances,
He was sterilising pricks.
And when the ball was over,
Everyone confessed:
They all enjoyed the dancing,
but the fucking was the best.
(no próximo jantar temos de cantar esta, o que acham?)
AAAAAHHHHH
Um abraço a todos
Boas Pedaladas
Pedro Fernandes (Carregado)
Ricardo
(conversas de ciclistas)
Agressiva, põe mais enfase na Agressividade, isto é, sem qualquer descanso, cheguei completamente morto a casa (a empurrar a bike, grande empeno…), com 141km de acumulado, eehhhh.
E a tua “espera” no topo da Ereira fez com que tivesses de subir sem mim e o Paulo Pais e sem grupo, porque estávamos já “quase mortos”, aahh. Ricardo parabéns pela tua atitude, os grandes homens medem-se pelas atitudes e valores, o retorno mais tarde ou mais cedo surgirá tanto no âmbito profissional como pessoal, parabéns para ti.
Penso que estavam todos chateados com a vida.
Companheiros!... para além da bike fazer sexo também é bom para descomprimir, aaaahhh
Nós descolamos sim, mas a recolagem permitia mais uns km de roda, aahh e evitava que andássemos aos “papeis” a perguntar a várias pessoas o caminho para a Ereira.
A propósito de sexo, ouviiii, alguém se queixouuuuu,aqaaahh que há malta que não faz sexo ao sábado à noite para estar com a carga máxima no domingo. É pá não façam isso para bem das vossas mulheres.
Existe um cantigo Irlandês “If you never get fucked on Saturday night you´ll never be fuck at all”, cantam nos bares à 6ª feira é verdade, com grandes canecos de cerveja, mas ao sábado não perdoam, eehhhh!
Deixo-vos cantado: http://youtu.be/-uWROFrQRgc
E escrito:
“Balls to your partner,
Arse against the wall.
If you never get fucked on a Saturday night
You'll never be fucked at all.
There was fucking in the kitchen
And fucking in the halls
You couldn't hear the music for
The clanging of the balls.
Now Farmer Giles was there,
His sickle in his hand,
And every time he swung around
He circumcised the band.
Jock McVenning he was there
A-looking for a fuck,
But every cunt was occupied
And he was out of luck.
The village doctor he was there
He had his bag of tricks,
And in between the dances,
He was sterilising pricks.
And when the ball was over,
Everyone confessed:
They all enjoyed the dancing,
but the fucking was the best. “
(no próximo jantar temos de cantar esta, o que acham?)
AAAAAHHHHH
Um abraço a todos
Boas Pedaladas
Pedro Fernandes (Carregado)
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