A primeira Clássica do Circuito Pina Bike, no próximo domingo, é a medida do que se pretende para esta altura do ano: extensa e plana. A tirada não é inédita, embora tenha sido disputada uma ou duas vezes apenas, sendo provável que nem toda a gente conheça o seu traçado na íntegra – por exemplo, só recentemente o fiz e, em resumo, posso afirmar que o principal obstáculo será mesmo a distância, pois o percurso é muito rápido. Saindo e chegando a Alverca, o ascendente é de apenas 330 metros, o que diz bem da planura.
Penso que o trajecto entre Loures e Benavente (pelo Porto Alto) não tem segredos para ninguém: plano, plano… E a partir daí, até ao fim do primeiro sector, em Muge, a topografia do terreno não se altera muito, com predominância para falsos planos, ora ascendentes, ora descendentes.
Para dar uma ideia da inexistência de verdadeiras dificuldades «naturais», os 2 km que antecedem Marinhais, o maior ascendente deste sector, tem o mesmo desnível que a ponte de Vila Franca… em apenas 1 km.
À entrada de Muge, vira-se à esquerda em direcção a Valada (Porto de Muge). Depois de descer até à cota zero, deparamo-nos com a ponte de ferro sobre o Rio Tejo, que obriga a fazer uma travessia muito «sui generis» por um corredor estreito, em fila indiana. Além disso, o piso não é asfaltado, rolando-se sobre uma grelha metálica. A sensação causa alguma estranheza.
Saindo da ponte, seguem-se 3,5 km até à discreta aldeia de Valada (afinal de contas, é a que dá o nome a esta Clássica!), prostrada (é bem esse o termo) em plena lezíria ribatejana. Aí, vira-se à direita antes de abordar a longa recta (também de 3,5 km) que vai dar a Ponte do Reguengo. Primeiro a ponte antiga e depois, mais empinada, a nova, iniciando-se depois a subida até ao cruzamento de Cruz do Campo (Estrada Nacional 3). Bem, subida é de facto, mas coisa para 3 km a 1%.
Uma vez na estrada nacional (esq.), até a Azambuja há dois topos inclinados, com menos de 1 km, o primeiro pouco depois do cruzamento de onde viemos (Pontével/Cartaxo), e o segundo, a seguir ao cruzamento de Aveiras – este bem conhecido da volta da Ota. Após a Azambuja, o percurso é sabido… e já foi palco de grandes cavalgadas!
Eventuais dúvidas, basta colocá-las!
10 comentários:
Bom dia a todos os companheiros de painel.
É impressão minha ou têm andado um pouco desligados do blog, se calhar anda tudo a treinar “de dia e de noite” e nem sequer tem tempo de escrever uma palavrinha.
Depois de grande insistência do “ Relojoeiro ” Pina, fui obrigado a comprar uma BTT, veiculo sobre o qual, nunca sequer tinha tido o privilégio de me montar, ontem depois de grande ausência nas lides do grupo, fiz uma incursão nocturna com 1\2 de companheiros (Pina; Fantasma, Pacheco, Samuel, Hélder, Isidoro e Rui), estes rapazes não perdoam, então toca de pranchar o “Maçarico”, a 1ª parte do percurso até á Expo foi relativamente calma se assim não fosse não sei se não teria dado 1 ou 2 mergulhos nos charcos da Lezíria, pois o meu farol, que mais parece um pirilampo não permite ver a grande distancia a falta de experiência nestes pisos então é gritante, mas com mais ou menos dificuldade consegui chegar até a Expo sem experimentar a temperatura da lama, a passagem por este sitio foi relativamente calma até encontra-mos outro grupo que também passava pelo mesmo local, ai, pronto acabou a calmaria, eram escadas, montes com relva, passagens estreitas e o ritmo cada vez mais alto uma correria até á Terreiro do Paço, local de paragem por 2 minutos para retemperar a forças, depois meus amigos até ao Saldanha sempre a bombar, na chegada ao Marquês comecei a ficar para trás mas com grande esforço consegui recolar, o meu polar vinha sempre a apitar pois tenho o meu LIM2 para esta altura de época a 165, do Saldanha até ao Lumiar foi sempre a andar forte tive a sensação que íamos tão depressa com se levasse-mos as nossas “montadas” de Estrada, nesta altura o coração vinha sempre acima dos 170, o pneu que uso é tão largo como o de uma mota disseram-me que deve ser assim para treinar a sério, a realidade é que, os deles são quase tão estreitos como os de estrada, por fim acabei por descolar na chegada ao Lumiar, mas os espirito de camaradagem que existe no grupo fê-los esperar por min e acabei por recolar no inicio da descida da estrada do Desvio, depois até Loures foi uma verdadeira corrida desenfreada pois o Helder, Fantasma e Samuel á vez sempre a carregar no pedal como se não houvesse amanhã e eu atras a tentar não descolar, lá consegui manter-me como o grupo até ao Infantado que chegamos por volta das 22.30H, estava um frio de rachar o qual só me apercebi quando diminuí o ritmo.
Apesar de não estar em grandes condições, adorei esta incursão nocturna com este pessoal e vou-me manter fiel a estas saídas a meio da Semana, convido todo o pessoal a participar porque, quantos mais melhor e um treino a meio da semana faz sempre bem para tirar o “carvão” com diz o Fantasma. No Domingo é outra história pois não sei se nas condições em que estou consigo aguentar uma volta com 130 Km e a um ritmo que concerteza não será baixo, de qualquer das forma conto aparecer para começar a ganhar ritmo e se vir que não consigo ir até ao fim farei um atalho, até lá um abraço para todos.
Morales
P.S. quando íamos da Expo para o Terreiro do Paço, quem é que vimos a treinar estrada sozinho e com um speed que quase não o conseguia-mos identificar: um dos Internacionais.
Miguel, ainda bem que a recuperação está a andar. Qualquer dia és tu que tamém estará a "andar"!
Morales, bem vindo de volta Às lides!
Aparece Domingo que o meu Pai também vai(até onde puder) e caso precises de companhia no regresso vais tê-la.
1ab e boas pedaladas,
ZT
Quem quiser dar uma vista de olhos.
http://www.opintainho.blogspot.com/
Morales, não é impressão tua, a malta «desligou» um bocadinho, provavelmente como reflexo de uma «ligação» aos elevados andamentos que cada vez mais amiúde se praticam nas voltas domingueiras. A este facto também não estará decerto alheia a exponencial e rápida subida de forma de um ou outro elemento, que aliada a um elevado espírito de combatividade pessoal, tem contribuído para elevar a fasquia da competitividade para níveis que supostamente (para alguns) são passíveis de provocar «decalages» demasiado significativas.
Mesmo que não subscreva a razão dos que se inquietam, crei que numa altura em que (parece) estarmos empenhados em que a experiência pioneira do Circuito de Clássicas resulte, não é demais voltar a recomendar contenção - para que a corrente de entusiasmo e participação volte a «ligar-se».
Ricardo Costa, sou o Eduardo Ananias, aquele que sonha um dia andar no vosso grupo, mas só comecei a andar em Set/2005 e claro tenho 50 anos, e conhecemo-nos na oficina do sr. Pina, meu querido amigo qual vai ser a média desta classica? mais ou menos.
ainda é muito cedo para ir com vocês??? comecei a minha preparação em Janeiro e fiz 400km mas em regime de resistência aerobica, muito calminho, só nas subidas para o sobral é que cheguo às 150 bpm. um abraço e muitas felicidades para todos do vosso grupo.
Ananias (Odivelas)
Caro Eduardo
Trata-se de um percurso quase sempre plano, que permite manter velocidades de cruzeiro elevadas, embora a distância grande (quase 130 km) aconselhe não só a alguma moderação, como deverá propiciar inevitáveis incidentes de percurso, como furos ou cortes no pelotão, que custumam forçar a paragens ou a reduzir bastante a velocidade.
De qualquer maneira, se calcularmos a média excluíndo esses períodos «mortos», e tendo em conta as voltas deste tipo que realizamos, é provável que ultrapasse os 30 km/h.
Espero que os seus treinos estejam a correr bem, e quando quiser juntar-se a nós será sempre bem-vindo.
Um abraço
Como alguns não se podem dar ao luxo de descansar na véspera das Clássicas, amanhã estarei na estrada para mais uns «centos». Assim, vou aproveitar para fazer o reconhecimento da Clássica de S. Pedro da Cadeira, do próximo fim-de-semana, e «passarei» nas bombas da BP às 9h00 para ver se mais alguém não tem medo do... domingo ;). A final, de Loures, são apenas 90 km. E o andamento, higiénico, como se quer!
Bolas!... Agora é que tenho mesmo o Glutamina à perna! Vieram aqui meter o endereço do blog onde pus uma foto do gajo com a “burra” às costas.
Eh, eh, ao menos serve para a malta da estrada ver a “especial” recepção que tem quando aparece nas voltas de pneu cheio de cardos! “Paredes” com eles!
Pois é Ricardo, por aqui os “estradistas” … andam (muito) a pé!
‘tou a ver que andam numa de etapas rolantes. Quando é que a “coisa” vai “empinar”? Continuo com a ideia de vos tentar fazer companhia quando as voltinhas forem mais ao meu gosto. Claro que terei de ir montado noutro “bicho”, pois com este não me safo. E com toda a certeza não me servirá um “tractor medieval” que ali tenho, já com uns milhares na “cambota”. Que relações de andamentos tens montadas (mais leve e mais pesada)? E já agora, dá-me aí dois ou três exemplos de etapas “montanhosas” que estejam a pensar fazer.
Saudações aí para o vosso companheiro acidentado (Miguel). As melhoras.
Ainda não percebo como conseguem subir os Lagos … com o Angliru ali ao lado! Brrr … ainda tenho horríveis pesadelos com a maldita Rionda…
Boa volta domingueira
Caro Pintainho, assim é que é, pôr a malta da roda fina a penar no vosso terreno. Mas sempre que a malta das rodas cardadas quiser alinhar connosco (com montadas de estrada, é claro), teremos todo o prazer em oferecer-lhes semelhante tratamento.
Mais a sério. Durante Fevereiro e Março, vamos andar quase sempre a rolar, à excepção do próximo fim-de-semana, em que está marcada uma Clássica classificada com grau Elevado (no nosso Circuito 2006, não sei se já te apercebeste?), que é a de S. Pedro da Cadeira. Não se pode considerar montanhosa, mas apresenta um perfil muito irregular.
Ou seja, montanha (mais ou menos) a sério ao domingo só a partir de Abril, com algumas tiradas exigentes (Sintra, Belas, Ericeira) No entanto, para verdadeiros trepadores (que penso que és), só Montejunto (6 de Maio e 26 de Agosto).
Mas há um punhado que inclui subidas já exigentes (da nossa região), como a Mata, Ribas, A-dos-Loucos, Casaínhos (Fanhões).
Entre todas, destaco a Clássica dos Trepadores (nem mais a propósito), em 23 de Julho, que certamente fará o gosto de quem (tal como eu) gosta muito de subir: inclui o Sobral, Mata, Ribas e Montemuro. Também realço a da N. Sra. da Ajuda, com a subida de A-do-Barriga (desde Alverca), Mata, o «muro» da N. Sra. da Ajuda, Tesoureira e Ribas.
De qualquer forma, a partir de Março, aos sábados, faço desde já o convite para que alinhes num ou noutro treino de subida, como lhes chamo, e que são uma espécie de condensado «tudo em um», ou então uma incursão a Montejunto, com dupla escalada: Abrigada-Pragança.
Companhia é coisa rara e por isso nunca a dispenso.
Um abraço
A propósito de notícias em sites, há alguns dias li algumas declarações do Lance Armstrong prespectivando o Tour 2006, em que ele diz peremptoriamente que o Jan Ullrich irá ganhar a competição com cerca de 5 minutos de vantagem. E justificou o seu vaticínio dizendo que o alemão foi sempre o seu principal adversário e alvo a abater. Para isso, toda a estratégia da equipa estava focalizada para o colocar em dificuldades nas etapas mais montanhosas.
Achei a revelação curiosa... E que ao mesmo tempo diz muito do que muitas vezes a nós espectadores, mesmo não leigos, nos escapa. E também é um ponto de vista interessante para o que se passará no próximo Tour, o primeiro da nova era sem o seu grande dominador.
Será que a CSC terá a mesma capacidade da Discovery para ajudar o seu chefe-de-fila, ou o Ivan Basso conseguirá fazer, sozinho, a diferença?
E o que fará o Vinokourov agora como líder inconstestado? E a grande esperança espanhol, Valverde, ciclista muito aprecio desportivamente pela sua combatividade, e pessoalmente pela enorme clareza de espírito e franqueza? De resto, li que ele está a empenhar-se fortemente na preparação do Tour, tendo para isso consultado um especialista em biomecânica, que lhe corrigiu a posição das travessas. Com isso aumentou a cadência de padalada para um estilo muito parecido com o de Armstrong. É esperar para ver. Este ano talvez ainda não, mas nos vindouros quem sabe...
Enviar um comentário