quinta-feira, abril 12, 2007

Domingo para roladores

A volta do próximo domingo, para Reguengo, constitui interregno nos percursos acidentados, num regresso à planura da lezíria ribatejana. Em dia de Paris-Roubaix, para ver na TV, também o traçado desta clássica, de mais de 120 km, faz lembrar a do Inferno do Norte, exceptuando, obviamente, os sectores em pavé. Refiro-me ao troço campestre entre Cruz do Campo e Azambuja.
Será também dia de roladores. Creio que não haverá como enjeitar esta oportunidade de mostrar serviço em terreno de eleição. Além disso, a duas semanas da Super-Clássica de Fátima, restarão poucas oportunidades «competitivas» para afinar baterias.
A propósito, há dias, dizia-me um dos nossos camaradas, que neste tipo de terreno (pouco irregular) é praticamente impossível alguém (ou a um pequeno grupo) conseguir manter uma fuga duradoura (quiçá, conseguir mesmo destacar-se) sem o consentimento do pelotão. E que assim nem sequer valeria a pena tentar... Quem discorda!?
A finalizar, realço a elevada intensidade de alguns momentos da volta do passado domingo, que teve passagem inédita pela subida da Lagoa (bonita, mas sem grandes atractivos). O calor começou a aumentar logo na subida de Bucelas para a Venda (eu até estava a tentar levar o comboio a médio vapor desde Loures), onde o pelotão foi sujeito a desgaste prematuro. Mas houve outras alturas de frisson ainda mais acentuado, nomeadamente na Lagoa e no seguimento para a subida de Sto. Isidoro para Achada, onde o andamento vivo fez a selecção final. Muito rija, também, a chegada à Malveira.
Amanhã (sexta-feira) será dia de repetir a «tripla» da semana transacta, em Montejunto, desta vez «a solo». Tempo, agora, para fazer uma abordagem mais acutilante às subidas e comparar tanto as sensações como os «cronos». E aproveitar que, no domingo, para mim será mais higiénico...

2 comentários:

pintainho disse...

Como é? Alguém foi “patinar” nas “paredes” do Avenal? Ou só apareceram “fraquinhos”?
A dureza da Serra da Arrábida nada tem de semelhante com a da Serra de Montejunto, que é muito mais exigente.

Ricardo Costa disse...

Pintainho, um dia, quando estiver à beira da loucura, subirei o Avenal. Entretanto, hoje amanhei-me com Vila Verde(x2) e Pragança, a mesma dose da semana passada.
Se não fizesse tanto vento, tinha a intenção de prescindir de uma daquelas pela Abrigada. Não foi o caso.
Aliás, de manhã, a Varanda esteve envolta numa espessa neblina invernal a partir de meia-serra para cima, e no alto fazia tanto vento que não era possível tirar uma mão do guiador.
Após subir Vila Verde e Pragança, a repetição da primeira foi a obrigar o corpo nas rampas iniciais, mas, nestas situações, são estas que custam mais... No final, percebe-se que valeu a pena: o objectivo do treino foi amplamente cumprido.