quarta-feira, março 11, 2009

Gradil: a crónica possível

No domingo, no rescaldo do tortuoso Roteiro dos Muros, a (minha) frescura era mínima... ou inexistente. Mas a voltinha higiénica, que viria tão bem a calhar, nos tempos que correm não se poderia esperar.
No entanto, surpreendeu que tivesse sido um dos «massacrados» de sábado passado a meter andamento castigador, para mais logo de início: o Freitas! Saiu das bombas parecendo decidido, ligeiramente à frente dos demais (eu estava a chegar quando nos cruzámos...) e assim se manteve até já «dentro» da subida para o Forte de Alqueidão, enfrentando o vento de cara. Mesmo quando o grupo finalmente o integrou, não se coibiu de continuar o seu «trabalho», demonstrando, acima de tudo, que recuperara melhor do exigente esforço da véspera que qualquer outro que enfrentou os Muros.
De qualquer modo, o facto de ter deixado de «carregar» depois do Alqueidão, preferindo aguardar pelos últimos retardatários, acabou por indiciar que o dia não era para abusos... continuados. Decisão a que aderi, sem reservas... e mais: com oportuno interesse.
O compasso de espera, demorado, e o retorno ao caminho em toada muito ligeira invalidou, desde logo, todas as perspectivas de reagrupamento com o pelotão, que não se deteve no Sobral – desta vez sem «crime» a apontar!
Resultado: o Gradil (principal ponto quente desta volta), cá atrás, não teve história. Passou-se quase ao ritmo de treino leve até à Murgueira, e daí por Mafra em direcção à Abrunheira.
Aí, acabámos por, inesperadamente, reencontrar o grande grupo, na rotunda do topo, onde aguardava, com certeza, há longos minutos.
Pela primeira vez em formação compacta, arrancou-se em direcção a Igreja Nova e Alcainça, atalho forçado devido ao corte da estrada nacional Malveira-Mafra, por abatimento de terra.
Então, porque a tranquilidade já era demasiado duradoura, o parte-pernas entre Igreja Nova e Alcainça foi «atacado» desde o início, deixando-me imediatamente em desvantagem por ter entrado na cauda do muito alongado grupo. Acelerei a fundo (como as pernas podiam) e consegui atenuar os «prejuízos», embora tudo acabando em escaldante perseguição, quando o Freitas, o Rocha e Salvador aproveitaram ligeiro avanço à chegada ao cruzamento de Alcainça para se lançarem na tentativa de não serem alcançados, pelo menos, até à Malveira. Fiz mal, porque facilitei, quando os tinha em mira à chegada ao referido cruzamento, obrigando-me a continuar no seu encalço durante a descida.
Logo aí, o Salvador descolou do trio da frente e o Rocha não demorou muito mais a deixar o Freitas entregue a si próprio. Mas bem! Entretanto, cá atrás, eu era «abalroado» pela entrada de rompante do Manso e do Evaristo, os únicos do pelotão a sairem de Alcainça em condições de entrar na contenda. Fizeram mal, pois passaram directos, deixando-me a... patinar. Quando os apanhei, em subida, já estavam em perda e assim voltou a não haver condições para cooperarmos na perseguição. De resto, esta ficou definitivamente perdida, quando o Freitas se juntou a um pequeno grupo destacado, que incluia, entre outros, o Runa, contando com decisiva ajuda para o «levar» até ao objectivo da Malveira.
Quando aos perseguidores, apenas ressalvo a minha incapacidade, entrando em perda ainda antes da rampa do cemitério, situação que deixou o Evaristo (que seguia a minha roda) algo intrigado. Camarada, quando não há, não há! Culpem-se os Muros; e a meia-hora de anaeróbio acumulada (175-195 pulsações) e quase 1h20 entre 156 e 174 puls. Para mim, demasiado para grandes cavalgadas no dia seguinte... e no seguinte, e no seguinte, e seguinte. Não há milagres!
Para castigo e para acentuar a impressão que dava de empeno, a chegar a Loures partiu-se o selim numa das calhas, obrigando-me a ir todo «torto» até Alverca, exposto à chacota (contida) do Pina e do Salvador. Miséria, e pior: despesa!

Amanhã, o percurso da volta do próximo domingo: Oeste

E na sexta-feira, a apresentação da Super-Trepadores, de dia 21.

3 comentários:

Anónimo disse...

Confesso que o vosso cansaço deu jeito aos pessoal que anda menos, “gosto” mais de vocês assim mais calminhos.

Ricardo Costa disse...

Não se porque é que comentários deste tipo, perfeitamente construtivos, não estão devidamente identificados

Anónimo disse...

No domingo consegui uma coisa inédita, chegar com o grupo da frente ao Forte de Alqueidão, mas não foi fácil, tendo a roda do Manso e do Rocha dado uma grande ajuda. A subida do Gradil foi feita num bom ritmo na companhia do Pina, Alex e dos Paulos. A minha condição física está a melhorar frutos dos treinos semanais, faltando agora apurar a técnica de curvar a descer (para além da forma de pedalar claro).
A chegada a Loures foi feita ainda com alguma reserva de energia o que permitiu ir com o Freitas até á apelação.
Filipe