quinta-feira, julho 30, 2009

Próximo domingo: Cachoeiras



A volta do próximo domingo é, em minha opinião, excelente! Tem quilometragem respeitável (cerca de 120 km), terreno para todos os gostos (embora muito mais para roladores que para trepadores) e uma subida provavelmente desconhecida para muitos: Cachoeiras.
No entanto, até lá... muitas energias ainda se gastarão. Desde logo, numa longa ligação quase totalmente plana, entre Sacavém e Alenquer (ATENÇÃO: o início do trajecto faz-se pelo Infantado, Frielas e Unhos), seguindo-se não menos curta fase em terreno misto («valonné», como dizem os franceses; «rompe-piernas» à laia dos espanhóis), entre Alenquer, Olhalvo, Labrugeira, Abrigada, Ota, até à segunda passagem por Alenquer.
A ligação Alenquer-Carregado-Cadafais volta a ser mais suave, como que a preparar a única dificuldade, a sério, do percurso: a subida de Cachoeiras: 2,4 km a 6,5% de inclinação média. Uma ascensão interessante, com desnível irregular, uma ou outra rampa mais dura e, atenção: duas curtas passagens em empedrado.
Depois da subida, desce-se para Alhandra, por A-dos-Loucos, e regressa-se a Loures por Alverca, Forte da Casa, Caniços, Variante de Vialonga e Tojal – novamente na planície ou quase...
Acredite-se que o traçado é muito equilibrado. Na passada semana, em treino, tive a oportunidade de fazer o sector talvez mais importante, entre Alverca e... Alverca, e fiquei convencido.

A propósito da subida das Cacheiras, como é pouco conhecida, e mesmo para os que já lá passaram poderá causar algumas dúvidas, principalmente na sua parte final: por isso deixo uma espécie de descrição, em género de «road-book»:
Para se aceder à subida, deve-se sair à esquerda nos Cadafais (placa: Cachoeiras). Até à subida rola-se durante cerca de 2 km. As primeiras rampas são suaves (2-3%), mas rapidamente se entra no «miolo» da ascensão, cuja inclinação está quase sempre acima dos 7%, até ao interior da aldeia (Cachoeiras). Aqui, MUITA ATENÇÃO: mal se entra em empedrado, volta-se tudo à esquerda (quase a 180º), contornando o muro do cemitério/igreja. Nas centenas de metros seguintes nada tem de enganar, a não ser as pernas: estaremos numa das fases mais duras da subida.
Depois, eis novo sector em «pavé» (100/150 metros): ATENÇÃO: logo após sair do empedrado parece que a subida acaba: mas não! Só para quem segue em frente, as indicações Castanheira/Vila Franca. Os que chegarão mais cansados poderão pensar que seria melhor atalhar logo ali e acabar o esforço, mas não é muito encorajadora a visão de uma rampa dantesca após a primeira fase de descida (escondida).
Assim, o «nosso» trajecto, após o tal 2º empedrado, segue sobre a direita (seta Arruda/Alhandra) e desde logo se depara a rampa mais íngreme da subida, acima dos 10%. De qualquer modo, o final encontra-se pouco depois – embora o ponto mais alto só se atinja cerca de 1 km mais tarde, com a passagem junto ao mirador.

P.S. Recomenda-se a leitura da crónica da recente volta de Montejunto no blogo do camarada Vasa: http://voltasaooeste.blogspot.com/ Mas não liguem... ao video que ele publica, ok?