quarta-feira, agosto 26, 2009

Domingo: Serra de S. Julião!


A volta do próximo domingo tem como principal aliciante a subida ao alto da Serra de S. Julião, no Parque Eólico da Carvoeira, local que nos dois últimos anos foi final de etapa do G.P. Joaquim Agostinho.
Trata-se de uma subida curta (2,2 km) mas exigente , com 7% de inclinação média e passagens bastante íngremes, entre os 10 e os 15%. De qualquer modo, não é um «muro» intransponível e nem sequer se aproxima da dificuldade, por exemplo, da temível Capelã - que para a mesma distância impõe uma média de 10%!! E ao contrário desta, a subida de S. Julião tem descansos, embora quando empina, empina bem!
Todavia, mais relevante que as características da própria subida, é ser passagem inédita nas nossas voltas: ou seja, para a maioria será baptismo, mesmo se de... fogo!
Por outro lado, o envolvimento paisagístico, que é belo, também contribui para que a jornada do próximo fim-de-semana, sete dias antes da Clássica da Serra da Estrela, seja quase imperdível.
Resta referir que o trajecto antes e depois da subida não é propriamente acessível, logo recomenda-se moderação, principalmente (e como tem vindo a ser instituído...) nos quilómetros iniciais: neste caso, entre Loures e o Vale de S. Gião.
Depois deste primeiro sector, a subida do Milharado/Sapataria (a partir de Póvoa da Galega) e mais tarde, a subida de Ribaldeira e Caixaria, depois de Dois Portos, são outros obstáculos que irão fazer gastar energias.
Finalmente, a ligação entre Runa (cruzamento EN9, em Espera) e Curvel, onde se inicia a subida ao Parque Eólico, é quase sempre em subida suave e progressiva (6 km), habitualmente muito exposta ao vento, com passagem pela Carvoeira. Quanto mais for intenso o andamento (e o vento...) desde o cruzamento de Espera (onde está prevista uma «espera»... para reagrupamento), a grau de dificuldade da ascensão a S. Julião aumentará na mesma proporção!
ATENÇÃO: O ACESSO À SUBIDA AO FAZ-SE POR CRUZAMENTO À SAÍDA DE CURVEL, VIRANDO À ESQUERDA PARA S.JULIÃO/EREIRA. A SUBIDA INICIA-SE NOS PRÓXIMOS 100/200 METROS.
O regresso faz-se pela Merceana, Sobral, Alqueidão e Bucelas: ou seja, terá pouco de... higiénico.

Sugerem-se as seguintes neutralizações para reagrupamento, se necessário.
1- Rotunda de Vale de S. Gião
2- Rotunda de Pêro Negro
3- Cruzamento EN9 Torres/Merceana (em Espera), pouco depois de Runa
4- Alto da Serra de S. Julião (Parque Eólico)
5- Sobral (rotunda da Praça de Touros)
6- Bucelas

2 comentários:

Anónimo disse...

ricardo podes colocar aqui a tirada da serra para me ir preparando psicológicamente

Unknown disse...

Oi Ricardo,
Tive oportunidade de fazer na semana passada o percurso que está em foco para a nossa incursão à torre, por Manteigas certo? Aqui ficam alguns comentários para partilhar com quem não conhece o percurso, se quiseres também se arranja a altimetria.
Passada a Covilhã serão cerca de 30 km, é um excelente momento para aquecer e preparar o corpo para o exercício da serra antes de virar numa rotunda à esquerda quase em Belmonte, na direcção de Manteigas. A partir daqui e até Valhelhas teremos um sobe e desce, mas sempre com uma tendência ascendente. Este percurso é facilmente ultrapassado com pedaleira grande e creio que num grupo podem-se poupar bastantes energias, que farão certamente falta nas dificuldades que se seguem. Antes de Manteigas passa-se a pequena aldeia do Sameiro, a partir daqui e sem dar conta, estamos já a subir. Atravessando Manteigas com o seu empedrado, temos um troço de estrada agradável de cerca de 3,5 km até ao início das verdadeiras dificuldades. Após uma pequena ponte junto aos viveiros das trutas e da antiga casa florestal, iniciam-se algumas rampas duras. O piso está em mau estado e há algumas curvas fechadas com estrada estreita, aqui é tempo de colocar a pedaleira pequena e falo por mim, tudo o que houver. Passada esta maior dificuldade, a inclinação estabiliza e é muito importante encontrar o ritmo adequado a cada um. Serão cerca de 7 km estáveis em torno dos 6% e se encontrado o ritmo certo, serão agradáveis e passados em paralelo ao Zêzere no vale glaciar. Ao longe começa-se a ver a estrada junto ao covão da Ametade. Eu separo a subida aqui, este é um troço já mais inclinado (cerca de 6 a 7%). Não falei no abastecimento líquido, mas a quem interessar ao longo da subida existem dois pontos possíveis, antes do parque do covão na fonte do lado esquerdo ou 2 km após o parque, numa pequena e discreta fonte do lado direito. Chegada à rotunda do centro de limpeza vira-se à direita e temos uma pequena descida para atacar a parte final da subida à Torre. Atenção jamais olhar para a indicação da Covilhã e cair na tentação de descer, garanto que isto acontece e passa-me muitas vezes pela cabeça. Quem fez estes km só pode ficar satisfeito quando atingir os 1990m de altitude. A descida é rápida e este troço de estrada inicia de novo a subida que vai aumentado de inclinação atingindo os 10% junto ao túnel. Após o túnel a estrada está em fase de reparação e está com muita gravilha e desníveis nas camadas de alcatrão. Recomendo o máximo de cuidado quando descerem, está com o piso extremamente PERIGOSO, um deslize e pode ser literalmente a morte do artista. Mas falando ainda da subida, aqui já as pernas podem começar a dar sinais e terá sido muito importante a hidratação ao longo do troço anterior e a alimentação. Dica: um gel no início desta fase pode fazer a diferença de chegarmos bem ou desfalecermos. O pedaço que falta tem depois uma inclinação média de 5 a 6% e o maior desafio é mesmo vencer o cansaço que pode ter sido acumulado e o eventual choque pelo ar mais rarefeito que normalmente se sente depois da curva do túnel. A chegada à torre não tem que enganar, quando há vento parecem 500 metros intermináveis.
Bom, espero que ajude a quem não conhece, é um percurso de montanha fabuloso. Algumas referências:
- Até Manteigas são quase 2 horas de ciclismo e se passado o limite individual de cada um, pode tornar a subida penosa.
- É importante cuidar do abastecimento líquido, ou em Manteigas no início da subida, ou nos pontos que indiquei. Ficar sem água é do pior que pode acontecer.
- As diferenças no alto serão naturalmente grandes e lá em cima a 1990 m pode fazer um ventinho desagradável, o melhor é acordar antes um ponto de concentração para juntarmos o pessoal.
- Se o tempo estiver meio enublado e o topo da serra não estiver visível do Fundão ou Covilhã, uns manguito e um pequeno corta-vento podem ser amigos na descida, a serra nestas circunstâncias é imprevisível.
Abç,
Nuno Garcia