Eis uma iniciativa totalmente voluntária e, por isso, ainda mais louvável! Uma vez que não estive presente na volta de ontem, da Ota, o camarada Morales (um dos participantes) tomou a liberdade de fazer a crónica, que, poderão constatar e sem falas modéstias, nada fica a dever, em acuidade e pormenor, às que são publicadas todas as semanas. Bem haja, camarada Morales! Espero que seja para continuar, pois poderás acrescentar sempre um ponto de vista diferente do meu... Tem a palavra o autor:
«Deixem-me dizer que ontem a volta da Ota, mais de 100 km, foi aquilo que podemos chamar a verdadeira essência para a qual nos juntamos domingo após domingo.
À partida 25 elementos o que anunciava alguma possível confusão durante a jornada. Espante-se, portanto, porque o grupo chegou compacto às cervejas de Vialonga - no regresso!, pois muitas vezes tal não sucede logo à ida...
A jornada foi pródiga em diversas e amenas cavaqueiras. Devo salientar que o grande obreiro da façanha de manter reunido o “rebanho” foi o “capitão” Freitas, o qual devo por todos os motivos considerar o “MVP” da jornada, com ele mais um camarada que infelizmente não sei o nome, mas que vestia de “Laranja”, este homem comandou o pelotão de inicio a fim da jornada, muitas das vezes com as instruções do “MVP”, mas sensivelmente a metade do percurso, tomou ele as rédeas do pelotão e nunca deixou que o mesmo ultrapassa-se limites que são razoáveis para este parte da época.
Só houve algum nervosismo, excessivo em meu entender, entre o Carregado e Vila Franca, talvez por causa do sprint, aí foi onde aconteceu a queda do “MVP Freitas”, tal a pujança do homem, que conseguiu partir o eixo do pedal a mais de 50km /h, felizmente só sofreu algumas escoriações e arranhadelas, quando o deixamos à espera da boleia estava mais ou menos recomposto. O problema é quando se arrefece. Um abraço e as melhoras.
Antes deste incidente, ainda tivemos tempo para parar em Aveiras para um cafezinho, momento sempre importante de convívio e de retempero das forças para o resto da jornada. De referir que, quando chegámos, a média rondava os 30km/hora, o que me parece bastante aceitável.
Devo ainda acrescentar que, se houver da parte de todos algum espírito de convivência e de amizade, não será nunca necessário haver saídas antecipadas, na medida em que, quando for necessário refrear o andamento, será sempre possível, desde de que haja vontade para o mesmo».
Um grande abraço e até Domingo...
Morales
2 comentários:
Boas Ricardo,
Torres Domingo...........? quem é que está interessado nesta altura andar a subir????? mantem lá isto plano para perdermos umas graminhas importantes para podermos recupera-las não época festiva.... abraços
Morales
De facto tratou-se de uma manhã gélida onde o sofrimento foi muito. Da minha parte foram as extremidades dos dedos que, já no Forte de Alqueidão acusavam a dor associada aos zero graus. Para complicar ainda mais "a coisa" furei já em descida. Como se não bastasse o frio veio ainda a troca muito sofrida de uma câmara. Não julgei conseguir por não sentir os dedos mas lá teve de ser. A ajuda do Garcia foi aqui preciosa. Ao olhar para ele percebi que eu até estava bem!!! Lembro-me das suas palavras: "eu até te ajudava mas
juro-te que não consigo" tal o estado em que estava, e o também estado das suas mãos. Depois da luta com o pneu, câmara e roda partimos novamente já frios. Alenquer foi a "cereja no topo do bolo". Logo à entrada estava o transformador da power-box da tvcabo. Quentinha ajudou-me a aquecer as mãos. IUPIIIIIIII.
Depois da dor gélida na ponta dos dedos, veio a dor óssea ATROZ nos dedos que mais sofreram na mudança do pneu por andarem a bater em raio...... Juro que contive toda a
vontade de gritar que tinha e de facto quase chorava...
Lembro-me ainda dos restantes elementos. Nada bonito mesmo...
Lembro-me ainda melhor da passagem no entroncamento de Alhandra. Não o vou comentar porque algum dia ainda faço o mesmo, mas creio que alguma moderação por vezes se impõe. Já basta os "enlatados" que não mostram qualquer tipo de respeito pelas duas rodas. Não julgo necessário ainda lhes dar um pretexto …
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