Primeiro fim/início de semana com jornada dupla. No domingo, uma saída para destemidos contra a chuva, pela inspiradora lezíria de Valada e Reguengo; ontem, uma enorme romaria lá para as bandas de Alcochete.
Comum a ambas, o percurso totalmente plano, a proporcionar médias elevadas de acordo com as condições climatéricas. No fim-de-semana, os 30 km/h foram um «pontito» acima do recomendável para uma distância superior a 110 km com piso quase sempre escorregadio. Dois dias depois, uma média a rondar os 33 km/h já parece mais compatível com o que é capaz de fazer um pelotão com mais de 20 unidades, recheado de bons roladores, a deslizar sobre asfalto seco.
Na ronda do Reguengo, com grupo restrito a enfrentar a intempérie, foi fundamental preservar o aconchego para prevenir... resfriados. Não houve, mesmo se, no final da jornada, o corpo já acusasse o massacre de quilómetros a fio de rectas, a maioria a seguir o passo pesado do Capela – que, de qualquer modo, esteve bem mais comedido que nas duas semanas anteriores.
No entanto, não foram tantas rectas, tão longas e monótonas, como as da terça-feira seguinte, na grande volta do Infantado, onde, ao contrário da lezíria verdejante do eixo Cartaxo-Azambuja, a paisagem pouco se altera. A agravar, o tráfego rodoviário esteve particularmente perigoso, com condutores apressados (stressados...) até em dia feriado, e uma berma exígua que não dava abrigo ao pelotão.
Mas não só: três furos quebram o ritmo. Embora o primeiro tivesse causado, principalmente, demorada espera logo ao início da volta, no Tojal, que, afinal de contas, deu em desencontro. Os restantes foram provocados por um buraco na primeira passagem da recta do Cabo (Vila-Franca/Porto Alto). Duas vítimas: o Luís Novo, com uma roda esvaziada logo ali; a outra, eu, com furo lento até ao cruzamento do Infantado. E como odeio ter furos! E desta vez não foi no pneu com 11 anos; foi no outro, no chinês. Mas durante a operação retirou-se ilações: ficou a saber-se que vale a pena lavar a bicicleta de vez em quando, só para não ouvir reclamações de quem nos presta generosa ajuda sobre sujidade nas mãos. E os mesmos ciclistas a gabarem-se de que são à prova de... furo. Embora se acredite, pelo facto de os próprios desmontas não se quererem separar, de tão calcinados...
A partir daí, faltava-me tempo, sobrava-me cansaço, que me obrigou a permanecer na cauda do grupo e amiúde a esforçar-me por não o perder – principalmente na passagem de regresso pela recta do Cabo. No final, mais uma saída acima dos 110 km, mas esta mais «sofrida» que a anterior, no domingo, mesmo sem chuva ou roupinha molhada dessa manhã.
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