sexta-feira, novembro 18, 2005

Carmichael, pontos quentes e tertúlia

O «nosso» Carmichael parece mesmo o verdadeiro Carmichael. E tem toda a razão na sua análise. Nesta altura do ano – e vou falar estritamente em mim – é desaconselhável realizar esforços intensos contínuos e prolongados, uma vez que não há, ainda, a base de endurance sobre a qual assentará o trabalho específico de subida do V02 max., a iniciar numa determinada altura da época, consoante das datas dos objectivos a alcançar.
No entanto, também estou convicto que a partir desta altura o mais importante é cumprir escrupulosamente o programa de treino ao longo da semana (para quem o faz com regularidade), privilegiando os regimes de endurance ou inferiores, não sendo muito relevante exceptuar um dia, que pode ser o domingo. Neste dia e só neste dia, tal como o bom do Chris aconselhava ao Armstrong: «ride it as you feel!», permitindo-lhe dar asas ao seu ímpeto, sem controlar o batimento cardíaco ou a cadência de pedalada. Também nós podemos cometer esses excessos sem afectar significativamente o esquema de treinos estipulado. Isso atenuava o stress e a monotonia inerentes ao plano de treinos demasiado rígido do Lance. Para nós, o domingo é boa altura para fazer isso mesmo, desde que cada um conheça bem o seu estado de forma actual e saiba prevenir eventuais exageros.
De qualquer maneira, no meu caso, está completamente fora de questão participar, por exemplo, na ida e volta a Fátima ou aceitar a interessante sugestão do Vinhokorov para uma verdadeira etapa de montanha em Montejunto (a seu tempo, de muito bom grado!), que, mesmo em muito boa forma, já seriam desafios extremamente exigentes - quanto mais agora…

Segundo assunto: as dúvidas do Rosé Morales sobre os pontos quentes da etapa de domingo. Bem, Rosé, creio que o teu instinto será a melhor maneira de tentares acautelar as mudanças de ritmo e as acelerações, que serão mais prováveis na subida do Sobral (com reagrupamento, como é habitual, na rotunda à entrada do vila); depois entre Arruda, Cadafais e Carregado (com reagrupamento, por exemplo, entre Carregado e a rotunda de Alenquer), na longa subida da Merceana para o Sobral (reagrupamento na mesma rotunda do primeiro, agora à saída da vila) e do Sobral para o Forte, não sendo prováveis mais paragens até Bucelas.

Terceiro assunto: o comentário do Paulo Borges, ao qual, como mentor deste blog e considerando não tomar excessiva liberdade se, além de mim, falar pela esmagadora maioria dos membros do grupo Pina Bike, impõe-se esclarecer que tudo o que se diz neste espaço tem importância relativa e exprime, muitas vezes, opiniões desbragadas e bem humoradas ou hiperbolizados sem necessariamente terem um efectivo sentido ou conotação negativa. Por ser espaço dedicado à tertúlia e ao livre arbítrio, tudo o que aqui é exprimido não deve ser tomado à letra – tratando-se apenas achas que se atiram à fogueira, para que o fogo fique ainda inflamado e não com o intuito de… chamuscar. Mas, Paulo, com o devido respeito, para nós a bicicleta não é apenas um pretexto para nos reunirmos todos os domingos e estreitar laços de convivência – é um vício saudável e uma contagiante paixão. Para constatá-lo, sugiro que alinhes connosco numa saída domingueira. Um abraço

P.S. Miguel, amigo, as rápidas melhoras!!! Eu sei bem o que isso é!!! Livra!!

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