segunda-feira, novembro 28, 2005

Excelente jornada de ciclismo

Excelente jornada de ciclismo, a de ontem. Percurso equilibrado, pelotão coeso e organizado – com algumas ausência de vulto mas um regresso saudado: o Nando –, ritmo quase sempre moderado (altamente recomendado para esta altura da temporada), e nem os aguaceiros dos primeiros quilómetros chegaram a ameaçar estragar a festa.
Já há muito tempo que o Sobral não era subido de maneira tão… suave, a um ritmo que, sem ser demasiado baixo, permitiu que todo o grupo chegasse compacto ao Forte de Alqueidão – apesar de uma ligeira fractura depois de Arranhó. Todavia, os da frente nunca quiseram cavar o fosso, nem os detrás se deixaram cai definitivamente nele. Depois do pelotão ter perdido algumas unidades em Arruda (Carlos de S. Iria, Hélder, João e o Nando encurtaram a sua volta), rolou-se a boa velocidade (mas sem forçar) na longa descida para o Carregado (onde, no final, encontrámos o Zé-Tó, que se tinha adiantado bastante após o Sobral) e depois até Alenquer.
Eis o grupo que fez a volta completa: Freitas, Miguel, Nuno, Pedro, Ricardo, José Morais, Zé-Tó e o Carlos do Barro.
Os topos à saída desta cidade provocaram ligeiros adiantamentos de algumas unidades (o Zé-Tó deu boas indicações) pelos vistos consideradas «perigosas», tal a forma empenhada com que fez a perseguição. Foi a única parte da volta em que a intensidade subiu a níveis que têm sido habituais nos últimos tempos. Contudo, uma vez reagrupados, fez-se a ligação até à Merceana sem sobressaltos.
Aqui, já se sabia, a subida até ao Sobral, não muito inclinada mas longa (8,4 km) e os quilómetros já percorridos (+70), iriam fazer uma selecção natural. O Pedro e o Miguel ganharam algumas dezenas de metros no primeiro sector, o mais duro, com o Freitas em posição intermédia, à minha frente. Atrás, os restantes reuniram-se em «grupetto» – curiosamente também o Carlos, que há algumas semanas estava em grande momento de forma. Terá sido uma abordagem mais comedida ou também ele já entrou em processo de «desaceleração».
Depois de alcançar o Freitas juntámo-nos ao duo da frente num local em que o terreno suaviza e fizemos os quatro o resto da subida, em ritmo moderado, sem procurar causar grandes desgastes, apesar do Miguel ter comandou quase sempre as operações, aqui e ali forçando ligeiramente. O Pedro limitou-se a seguir a toada (com aparente facilidade), o Freitas resistiu muito bem e ainda teve ensejo de fazer a despesa final, e eu por vezes deixava-me descair, controlando, acima de tudo, o batimento cardíaco.
De novo, todos reunidos após o Sobral, restava o última subida do dia, até ao Forte de Alqueidão, onde as selecções fizeram-se da mesma maneira, mas, desta vez, como o Carlos entre os primeiros. Nos últimos 200 metros, acelerei forte (para sentir a reacção muscular) e depois de relaxar no topo, só o Pedro e o Freitas seguiam no encalço, enquanto o Carlos viria a encostar mais tarde. Na descida, ainda fizemos mais 1 ou 2 acelerações, mas depois do Carlos ter ameaçado entrar pelo pára-brisas de um «mata-velhos» (não hão-de os idosos morrerem do coração!), reunimo-nos em quarteto até Bucelas.
Notas de observador:
As ausências: foram várias e especialmente notadas, inclusive de alguns duros do pelotão, como o L-Glutamina e o Fantasma, que na semana passada tinham saído de peito cheio de uma gloriosa tormenta climatérica. No entanto, ontem a chuva não terá sido suficientemente forte!
Zé-Tó: em subida de forma, como (eu) há muito tempo não se via. A manter esta ascensão, em breve vamos ter homem. E um homem possante! À atenção dos todo-o-terreno que actualmente dominam!
Nuno Garcia: continua a sua lenta recuperação de forma após longa paragem. Todavia, sabe-se já que a partir de dia 1 vai regressar ao degredo das arábias. Para si, que voltará a enfrentar objectivos ambiciosos em 2006, a pré-temporada será um pouco mais extensa e a implicar abordagem mais cuidada. Até ver, sem motivos de preocupação.
A abordagem: a abordagem a esta volta foi, já se disse, ideal para a altura do ano, privilegiando a intensidade baixa ou moderada e, desde modo, também a coesão do grupo. A manter – já na próxima quinta-feira (feriado).

10 comentários:

Anónimo disse...

Caros Companheiros
As minhas sinceras desculpas pela ausência de ontem, motivada por uma ida ao norte, em que um belo cozido regado por uma boa pinga substituÍram o treininho da praxe!
No entanto, hoje pelas 08:00 já estava a pedalar!...
Fico feliz por saber do regresso do "rapaz" NANDO, que tanta falta fazia neste grupO!
Um AB, bons treinos e até quinta!
FANTASMA

Anónimo disse...

Boa tarde ao ilustre "Painel",
Concordo em pleno que ontem foi 1 jornada muito positiva, pena foi o encurtar da volta pela parte de alguns e as ausências "muito notadas" de outros.
Ricardo, primeiro quero agradecer as notas de incentivo por ti deixadas e depois quero dar-te uma outra visão das mesma volta (para rir, naturalmente!).
Pois é, então o caso passou-se assim: arranque até Bucelas debaixo de alguma chuva e frio o que não incentivou a grandes "avarias".
Continuação em direcção ao Sobral(a tal subida calma), que para mim significou sempre batimentos cardíacos entre as 165 e 175, ainda antes do alto fiz 180 para "abrir a pestana" já que o chão estava molhado, isto passou-se quando o Ricardo fez a perseguição com vista à recolagem, que aconteceu naturalmente.
Na descida para o Sobral, sem forçar adiantei-me aos demais e colocando novamente o coração sempre acima das 170b.p.m. rolei até Arruda sózinho. Virei para o Carregado e tranquilamente fui à "casa de banho" e comi(único momento calmo do dia).
Vi o pelotão aparecer à distância e voltei à carga, entenda-se às 160-170b.p.m.!!!(nesta altura qualquer esforço significa isso para mim!).
À chegada ao Carregado reagrupámos e na viragem no sentido de Alenquer, como reparei que os rostos dos "atletas" vinham 1 bocado corados da perseguição, não deixei desacelarar e voltei a "marcar o passo" levando a ser perseguido/ultrapassado pelo Freitas e o Carlos. Fui absorvido pelo grupo que vinha de trás e nova acelaração para alcançar os dois da frente (do coração nem vou falar!).
Saída de Alenquer em grupo compacto e voltei a passar pela frente o que significou novo passo "com sabor a sangue" para mim.
O percurso para o Sobral foi incrível...andei sempre a 170-180b.p.m.
Na passagem pela Vila senti que a volta tinha acabado. Não era para menos, tinha cerca de 80Km. e repito que, não ando desde 23Out.!!!
A subida foi penosa mas como o 1 grupo ía vista e o Miguel intermédio facilitou emocionalmente!
A chegada a Loures parecia não ter fim e a dor de cabeça de esforço, essa também parecia não ter fim durante todo o dia de ontem!!!
1 erro capital, o não conhecimento do percurso entre Alenquer-Sobral(a parte mais selectiva), 1 autêntico "rasga-piernas" a não permitir dosear melhor o esforço (porque é muito duro irmos a 14Km/h e passarem a 15Km/h e não dar para seguir...).
Hoje nem vale a pena contar as sensações porque ao segundo dia é sempre pior!!!Ahahah!!!
Em suma, coitados dos que não foram porque isto pode não nos dar muitos anos de vida, mas dá-nos com certeza, muita vida aos anos.
Fantástica jornada de ciclismo "amador".

Ricardo, que te parece? Há voltas dentro das voltas, certo???

1ab e boas pedaladas,
ZT

Anónimo disse...

Fantasma: eles ainda não perceberam que andamos a fazer treino específico, e... às escondidas.
Quando derem por ela, já será tarde.

Agora, muito a sério:
Estou destroçado!
Tanta espectativa que tinha para esta jornada, e... faltei.
Mas garanto que foi por um motivo MUITO forte: O meu puto passou mal a noite com uma infecção na garganta o que me impediu de dormir quase por completo.
No entanto, consola-me o facto de ver que há regressos importantes à estrada, como o do nosso amigo Nando, com quem conto desde já para, na 5ª feira, fazermos uma fuga que será certamente vitoriosa - Eh, Eh...

Já agora: qual é a volta???

L-Glutamina - Over and Out

Anónimo disse...

Sim, qual é a volta!!!

ZT

Anónimo disse...

Pois é, ZT. Há mesmo voltas dentro da própria volta. Mas cheira-me que o próximo ano vai de reviravolta na hierarquia do Pina Bike. Há para aí um(s) menino(s) que, se não se põem a pau, vai(vão) ter de se haver com a nova concorrência que desponta. Este ano foi de aprendizagem, mas para o próximo ano vai ser de afirmação, desde que mantenham o mesmo empenho ou melhor de treino. E se atreverem a atacar, a acreditar que é possível colocá-lo(s) em xeque nos momentos decisivos. Depois eu quero ver como é que os grandes de agora lida(m) com a perda do protagonismo. Ou pior, como lidam com o facto de terem de seguir as futuras rodas certas. O que dirá o Chris Charmichael (o nosso) sobre este assunto?

Abraço
Alex Patacas

Anónimo disse...

Direi que é salutar e necessário. As equipes funcionam dessa forma. As verdadeiras vedetas afirmam-se como tal quando os outros as põem em cheque.
A concorrência nunca fez mal a ninguém e é um factor evolutivo.

Chris Carmichael (o nosso)

Anónimo disse...

Gostei muito do regresso do Nando
Nando espero que continues, pois aprendemos muito contigo.

Anónimo disse...

Olá a todos

Charmichael, sim senhor, és uma espécie de conselheiro espiritual deste blog, sempre com uma grande capacidade de análise, muito ponderado e racional. Com a tua ajuda, muita gente pode continuar a evoluir. Vou continuar atento às tuas intervenções, mas acho que toda a gente gostaria que as fizesses com mais frequência. Pode ser? Por exemplo, a fazer o ponto da situação do grupo, das voltas, do treino, etc.

Um abraço a todos e boas pedaladas

Anónimo disse...

Painel, toca a identificar os vossos comentários s.f.f.!!!
O motivo pelo qual me dirijo hoje ao ilustre Painel é o seguinte: decorrente da volta de Domingo, a tal abordada de forma "calma", "suave" e em "ritmo moderado", aconteceu algo comigo que ainda me incomoda...tenho dores no corpo todo!!! Pq será? Serei só eu? O que posso fazer para isto passar (além de treinar mais, obviamente!).
Ah, é verdade, pelo que parece hoje há treino nocturno com saída do Pina(fazem bem, boa volta)!!!
Cuidado...eles andam aí...

1ab e boas pedaladas,
ZT

Ricardo Costa disse...

ZT, as dores são musculares e perfeitamente normais, uma vez que, no domingo, estiveste durante longos períodos em regime anaeróbio que carregaram os músculos de ácido láctico. O melhor que tens a fazer é dar uma voltinha para desentorpecer e uma sessão aplicada de alongamentos.
Ainda bem que a malta anda a treinar, é sinal de motivação e de querer estar bem fisicamente para enfrentar com mais à-vontade os esforços mais intensos, por exemplo, ao domingo.