domingo, maio 03, 2009

Montejunto em dose tripla

Sexta-feira, dia 1, excelente treino em Montejunto. Três subidas, 113 km, 4h30 e 2300 metros de desnível acumulado. Grupo: eu, Freitas, Ruben e Vaza. Na última ascensão, juntou-se o Gustavo, da Bicigal.
Saída de Alenquer, na companhia apenas do Freitas e do Ruben, com estranheza pela ausência dos restantes que vão às provas espanholas. Perderam, sem dúvida. Passo moderado até Vila Verde dos Francos, entretanto já em quarteto com a integração do Vaza à saída do Olhalvo.
Aquecimento dos motores na passagem por Atalaia (entrada e saída) e... não deixar arrefecer até ao início da primeira subida. Pouco antes, o Freitas dá-me sinal para ser ele a meter o ritmo de início a fim, conforme tínhamos combinado numa das subidas (originalmente seria a segunda, mas ele decidiu antecipar). Objectivo: subir ao seu ritmo e retirar ilações sobre sensações, também através do feed-back do andamento dos restantes.
Conclusão: boa subida, em 29 minutos (à moderação que se recomendava para a tripla ascensão tem de se juntar o favor vento, que soprou fraco, mas de frente). De qualquer modo, em minha opinião, o ritmo foi ligeiramente mais elevado que o ideal, como depois se veio a verificar. Considero assim, devido às minhas sensações na roda, que nunca foi de «descanso». Pulsação média: 166 bpm.
Nesta primeira subida, o Ruben esteve perfeitamente à vontade, mantendo-se no grupo, creio, apenas por mera precaução. Fez bem... mas deveria tê-la mantido na segunda passagem. Já lá iremos. O Vaza pareceu, às tantas, o mais irregular, ora acelerando, ora demonstrando algumas dificuldades. Os poucos metros que acabou por perder após o quartel, recuperou-os entre a linha de meta e o portão da base (fim da estrada).
Na descida para Pragança, ficámos a conhecer as gravíssimas limitações do Ruben em descidas longas e acentuadas. Um calvário, que deve merecer deste trepador nato devida correcção através do treino.
Após troço de ligação de 20 km, a segunda subida a Montejunto (sempre por Vila Verde) encadeava com a do Rodeio. No total, quase 11 km. Nesta, meteria o meu ritmo. Fi-lo desde o início e fim, apenas com o Ruben a acompanhar-me a partir de cerca de metade da subida. Pareceu quase sempre ir bem, mas, amiúde respirando muito ofegadamente. Conversámos sobre isso na altura: tem de controlar melhor a respiração. Mas também foi sintoma de exagero. Pagou-o fortemente na terceira subida. Tempo da segunda passagem: 27.36, a 171 bpm. O Vaza chegou cerca de 2 minutos depois. O Freitas, o dobro.
Terceira e última subida. Agora, após decida directa para Vila Verde e Rodeio, de onde se repetiu a dose da ascensão anterior. Agora eramos quatro, com a entrada do Gustavo, da Bicigal. À entrada para Montejunto, voltei a meter o meu ritmo e desta feita foi o Vaza e o Gustavo a acompanhar-me durante mais tempo. O Freitas voltou a meter o seu passo logo de início e o Ruben não durou muito mais, mas este em clara perda. No alto, o Gustavo estava a menos de um minuto e o Vaza precisamente com essa desvantagem. Tempo: 28.21, para 171 bpm (mais 45 segundos que a subida anterior e a mesma pulsação). Ou seja, o Vaza realizara as três subidas em tempos muito iguais, sempre no minuto 29 – uma prova de enorme regularidade, que, em sucessão de subidas de montanha, é muito importante. Disse-lhe da sua boa prestação. Teve-a, de facto.
O Freitas demorava os mesmos 4 minutos da subida anterior, tal como eu piorando em cerca de um minuto. Os seus «cronos» foram sensivelmente: 29 – 31,5 – 32,5. Reflectem a acumulação de desgaste em montanha, mas estou em crer que se na primeira subida tivesse aliviado mais (como já referi, fê-la propositadamente sempre à frente) poderia reequilibrar melhor os seus desempenhos nas seguintes. A roda é sempre um «elemento» importante para os menos trepadores – e ontem, infelizmente para ele, as rodas revelaram andamentos desfazados. De qualquer modo, nota-se evolução e no que resta para os seus objectivos ainda há tempo para melhorar. De resto, o mesmo se aplica a mim!
O Ruben, entretanto, desfalecera, pagando com isso mais de 8 minutos. O seu registo foi: 29 – 27,5 – 36,5. Fica o ensinamento do treino em montanha: ela reclama sempre a factura a quem dela abusa... Mas o «puto» (tem apenas 18 anos) é um trepador genuíno. Estampa finíssima, verdadeiro peso-pluma. Falta-lhe o traquejo que a experiência naturalmente lhe trará. O elogio à sessão apesar do reconhecimento do empenho é prova disso. Dose tripla de Montejunto é algo que nem todos se podem orgulhar.

7 comentários:

Anónimo disse...

o freitas esteve ao seu nínel.. empenado.. eheheh

Anónimo disse...

esse já nem com as vitaminas lá vai...lol

Anónimo disse...

nem com a cera muito menos com as vitaminas. se eu fosse a ele para apanhar empenos vergonhosos daqueles nem andava de bike.

Ruben disse...

Muito boa crónica!! mais uma vez digo que achei muito interessante este treino,ajudou-me a compreender melhor o que é gerir um esforço e ter a experiência de subir 3 vezes o Montejunto... o que não se faz todos os dias.

abraço

ps: no domingo ainda fui a Loures para ir andar com o pessoal, mas como já saí de casa um pouco atrasado, quando lá cheguei já não estava lá ninguém. fica para a próxima!

Anónimo disse...

2º Cicloturismo por Equipas Ponte do Rol - Casa da Cultura/BICIGALhttp://www.bicigal.com/gf/index.php?option=com_events&task=view_detail&agid=68&year=2009&month=05&day=24&Itemid=26

Anónimo disse...

cicloturismo??? isso devia de ser dirigido aposto para o sr. freitas?

Anónimo disse...

hehehe. deixe lá os coxos em paz.