terça-feira, agosto 15, 2006

A-dos-Arcos agradou

Dia feriado e de regresso às pedaladas. Mais uma volta maioritariamente a rolar – mais do que a de domingo transacto, de Runa – e disputada com igual empenho por um grupo ainda reduzido. Desta vez, apenas quatro elementos: eu, João, Salvador e Freitas, este acabadinho de chegar de terras de Espanha, onde foi representar uma vez mais galhardamente as nossas cores na «Pedro Delgado», na companhia do Miguel e do Jerónimo. Percorreu-se a planície da Nacional 10 até ao Carregado e depois em direcção a Azambuja, onde fizemos inversão de marcha. Terreno de roladores, com o vento a fazer-se sentir. Hoje, tal como no domingo, o ritmo foi muito bom, embora não tão constante, notando-se o forte aumento de vivacidade quando o Freitas entrou ao serviço, a partir de Alverca, como é seu hábito. No entanto, o João teve remédio santo: deixou-se atrasar nos topos à saída daquela cidade e o Durão teve de refrear definitivamente o ímpeto – sinal inequívoco que é necessário reformular a filosofia das Clássicas domingueiras: prevalecendo a moderação nivelada por cima!
Sobre o assunto, o João fez um comentário muito válido. Disse que mantendo um ritmo constante elevado mas suportável a todo o pelotão, tendo em conta que nem todos aguentam andamentos muito fortes durante muito tempo, ou sofrem as suas consequências mais tarde, é possível ter períodos em que se pode até conversas. Foi o que sucedeu entre Azambuja e Carregado, sem penalizar o normal decurso da volta (a média rondava os 31 km/h à chegada ao cruzamento.
Aliás, nem quando abandonámos o terreno plano para enfrentar o ascendente até Arruda, aumentaram as dificuldades. Num ápice estávamos em Pontes de Monfalim, onde se inicia a estreante subida de A-dos-Arcos, com inclinação suave (3,3%) e 5 km de extensão. Abordagem fez-se a dois tempos. Ou seja, aos pares: primeiro eu e o Salvador, depois o Freitas e o João, que tinham parado à saída de Arruda para «mudar a água às azeitonas». Pior para eles! Nós que ficámos fomos subindo devagar, facilitando a tarefa de junção aos voluntariamente retardatários. E que vinham cheios de garra, passando imediatamente para a dianteira.
Como a subida é extensa dá para moer, permitindo causando algum desgaste com a aparoximação ao alto. O Freitas antecipou o seu sprint final e atacou a cerca de 400 metros de atravessar A-dos-Arcos (a cerca de 1 km do cume), mas apenas conseguiu distanciar o Salvador. No interior da aldeia, mal se formou o trio, o João passou imediatamente ao ataque, decisão que me pareceu precipitada, e que tive oportunidade de lhe dizer «in loco», pois não teve a «potência» que se exigia naquele local tão próximo do alto, em que é difícil surpreender uma concorrência forte. Pior: rapidamente se percebeu que ele ficou «vazio» para responder à aceleração final. O Freitas abriu as hostilidades ao seu estilo, arrancando fortíssimo e eu só tive possibilidade de fechar o espaço à chegada ao alto.
A descer calmamente para Bucelas, o João fez o retrato fiel do que acabara de se passar: «É uma subidinha mesmo à medida do Freitas. Se soubesses a força com que entrou para recuperar o nosso atraso. E ele nem precisava de ter atacado tão cedo». Digo mais: neste tipo de subidas suaves, só impondo um andamento muitíssimo forte desde o início se pode fazer frente ao poder explosivo final do camarada Durão. Mesmo assim…

Entretanto, realce-se que o João e o Salvador confirmaram praticamente a sua presença na Etapa da Serra da Estrela. E que o Rui, o qual agradeço o seu simpático comentário na crónica da volta de Runa, também se mostrou interessado. Seria um valorosíssimo reforço.

1 comentário:

Anónimo disse...

olá pessoal,
ainda no rescaldo de uma deslocação bem proveitosa ao país vizinho por parte de três elementos que galhardamente luziram as cores do PINABIKE.
quanto á volta de terça-feira, que começou um bocadinho mal para mim (devido á dureza do percurso de domingo mas sobretudo devido aos cerca de 1500 kms de viagem), mas que depois de cerca de vinte kms percorridos a coisa foi normalizando gradualmente até ao ponto de me sentir mesmo bem.
gostava no entanto de salientar que foram muito notadas as ausencias de muitos elementos que formam normalmente as nossas fileiras e que fazem muita falta no desenrolar das voltas, compreende-se no entanto as suas razões(uns de férias outros de fim-de-semana prolongado).
gostaria porém de apelar ao grupo para comparecer se possivel na etapa da serra da estrela e claro, no inevitável convivio entre nós que na minha modesta opinião é uma das principais razões da existência do nosso grupo.
este evento realizar-se-á nos dias 9 e 10 de setembro,quem estiver interessado em enfrentar este desafio dê sinal de vida pois as marcações têm que ser efectudas com alguma antecedência.
um abraço grande
DURÃO