domingo, agosto 13, 2006

Runa exemplar!

Num domingo coincidente com fim-de-semana prolongado, não surpreendeu que apenas quatro tenham saído de Loures para os cerca de 100 km da interessante Clássica de Runa. Mesmo que à entrada de Alverca se tenham juntado mais dois, ainda eram poucos para se considerar mini-pelotão. Todavia, «mini» só em número, porque foi «maxi» em abnegação. A saber: eu, João, Steven, Rui, Pina e Salvador – poucos mas bons para repartir o trabalho que nos esperava na planície ribatejana e no carrossel do Oeste. O resultado superou todas as expectativas. Um único adjectivo para classificar a prestação do grupo: excelente!
De Loures a Alverca, ainda a quatro, aqueceu-se progressivamente e a bom ritmo, mas depois dos reforços rolou-se em andamento mais vivo, sempre sem forçar e sem quebras, mesmo no incómodo pavé de Vila Franca. Velocidade de cruzeiro de 30-35 km/h até Alenquer, onde se chegou com mais de 31 km/h de média. E sem dor!
Quando acabou a planície pensou-se que o sobe-e-desce trouxesse alguma retracção. Puro engano. Apesar das habituais reservas nos topos à saída de Alenquer, o grupo cerrou fileiras, toda a gente colaborou à frente e facilmente se chegou à Merceana. Depressa e acima de tudo, sem desgaste acentuado. A esta altura já se comentava a média surpreendente (32 km/h). «Eu estava a aperceber-me que se estava a andar depressa, mas não pensava que era tanto», exclamou o Steven.
Mas o melhor (ou o pior) estava a chegar: a ligação «rompe pernas» entre Merceana e Runa. Moderação e mais moderação. Mas nem tanto. Um trabalho notável do João (como ele tanto gosta!) impôs um andamento suficientemente rijo para não encorajar a acelerações, fazendo-nos «devorar» os topos num ápice e manteve o grupo compacto até muito perto do final do último topo, quando o Rui forçou ligeiramente o ritmo. De qualquer modo, sem aliviar muito na rápida descida, o sexteto estava novamente formado antes do cruzamento para Runa.
A dura rampa do campo de futebol, à saída desta localidade, foi controladíssima e depois de descer para Dois Portos a média teimava em não baixar dos 32 km/h. Apreciável num percurso tão acidentado, provando que, desta maneira de fazer a volta, sobressai mais o elevado nível do grupo Pina Bike.
A partir daqui, o grupo entrou em descompressão. O João parou para reabastecer em Dois Portos e subiu-se para o Sobral bastante devagar – e só uma aceleração forte que fiz nos últimos 300 metros, com o Rui, deu para levar o coração às 187. Ainda assim, a «léguas» das 200 dos domingos anteriores, na Carnota e no Gradil. Depois chegou-se levezinho ao Forte de Alqueidão e ainda mais a Bucelas.
Mas houve um motivo especial para tanta calmaria. À passagem por Seramena, o Pina e o Steven decidiram parar numa taberna para se refrescarem. Os restantes resolveram continuar a subir para o Alqueidão a ritmo de amena cavaqueira. Lá em cima, nem sinais dos retardatários sequiosos. Todavia, decidimos descer sem pedalar… Mesmo assim, nem sombras. Uma vez em Bucelas, esperámos 5, 10 minutos e nada. Preocupados com o atraso, resolvemos entrar em contacto. Do outro lado da linha: «Estamos mesmo a chegar». Enfim, ficámos mais descansados, mas impunha-se uma justificação. Simples: Na taberna não vendiam latas de Coca-Cola, só garrafas de 1,5 litros. Então venha de lá uma… a preço de duas: 1,5 euros. O pior foi para os rapazes beberem aquela quantidade de refrigerante tão depressa! Ainda esperaram que voltássemos para trás, mas como não… foi a garrafa inteira. «Eis a razão do nosso atraso». Pudera!
Um último reparo: mesmo sem cafeína na descida do Sobral, a média total foi de 29,3 km/h – a mesma que era no Forte do Alqueidão.

A volta da próxima terça-feira (dia 15, feriado nacional) é a seguinte: Loures, Alverca, Vila Franca, Carregado, Azambuja (dar a volta), Carregado, Cadafais, Arruda, Pontes de Monfalim, A-dos-Arcos (subida), Estrada do Sobral (descida), Bucelas, Loures (aprox. 105 km). O percurso é sempre a rolar até Cadafais e depois torna-se mais ondulado até Arruda e depois de Pontes de Monfalim, uma subida suave mas selectiva de 5 km (A-dos-Arcos) antes de descer para Bucelas. Interessante!

1 comentário:

Anónimo disse...

FOI DEVERAS UMA BELISSIMA VOLTA E UM BRILHANTE ENTENDIMENTO ENTRE OS CICLISTAS.

ASS RUI